
Consulado itinerante apoia angolanos na Quinta do Mocho, em Lisboa
O Consulado Geral de Angola em Lisboa realizou, sábado, na Quinta do Mocho (Lisboa), a inscrição consular e registo de nascimento, de cidadãos nacionais que residem naquela zona. O objectivo destas acções, explica a cônsul, Vicência de Brito, é contribuir para informar e resolver problemas de cidadãos nacionais, tendo presente que “cada caso, é um caso”
Em declarações a imprensa, a cônsul geral de Angola em Lisboa, Vicência de Brito, disse que a actividade visa a aproximação dos angolanos residentes no referido bairro às instituições do Estado.
De acordo com a diplomata, actos do género devem ser feitos com periodicidade. O encontro visou também um esclarecimento da comunidade angolana residente em Portugal, para que se possa interagir, conhecer os problemas e a forma de o consulado actuar e solucioná-los.
Considera que os problemas fundamentais apresentados pela comunidade têm a ver com a documentação, daí se ter feito um acto consular itinerante para ajudar os residentes nesta área de Lisboa. Ao mesmo tempo, foram esclarecidas as diferentes dificuldades que enfrentam.
Exercer o voto
Nesta fase, a escassos dias do pleito eleitoral, também foi um incentivo a mobilização aos cidadãos que se registaram, para que possam exercer o seu direito de votar nas eleições gerais de 24 de Agosto.
Esclareceu ainda que uma boa parte dos angolanos residentes na aludida zona não têm documentação, tendo frisado que o problema deve ser classificado em várias categorias.
Diz existirem pessoas que vivem em Portugal há mais de 30 anos e que, por uma razão, uns perderam os documentos, outros destruiriam-nos, porque foram mal aconselhados e outros simplesmente não cuidaram e não têm formas de solicitar aos familiares que estão em Angola
que lhes faculte determinado documento.
O Sistema Simplifica e as várias medidas que a nível do Ministério da Justiça estão a ser tomadas no sentido de facilitar o cidadão o acesso aos seus documentos, estão também a ser esclarecidos aos angolanos.
Foi-lhes informado existir diferentes formas de poderem adquirir os documentos. Muitas vezes, precisou, é uma questão de falta de informação e as pessoas pensam que não têm, quando há possibilidades de os terem mesmo junto do consulado.
Resolver caso a caso
A responsável realça que, neste momento, existe a possibilidade de ajudar as pessoas a conseguirem o que mais dificilmente se
consegue, que é o assento de nascimento ou certidão de baptismo.
“Nesta interação que temos que fazer é que nós vamos esclarecendo e solucionando caso a caso, porque cada caso é um caso. Nós temos cidadãos que vieram pela ponte área de 75 e que ainda não têm documentos angolanos. Então, nós estamos a fazer uma campanha muito intensa, no sentido de ajudarmos a estes cidadãos na aquisição dos documentos angolanos”, referiu.
Para além disso, rebateu, existe uma série de outros problemas a nível social, que interessa e que devem ser conhecidos e dizer aos concidadãos que o consulado também os pode ajudar.
Por último, apelou aos que já se registaram para se dirigirem ao consulado no dia 24 de Agosto, para exercerem o seu dever cívico.
” Sabemos que é um dia de semana, um dia de trabalho, mas é necessário fazermos um esforço de comparecermos às urnas.
Segundo ainda a fonte, no período do registo eleitoral, foram feitas campanhas muito intensas, mas alguns se registaram e outros não ou seja deixaram tudo para o último momento.
Por sua vez, os angolanos manifestaram a sua satisfação pelo facto do consulado ter levado está ação junto da comunidade residente no Bairro.
Pedro João, disse que com a correria do dia-a-dia não tem conseguido ir ao consulado resolver questões dos documentos dos seus filhos que nasceram em Portugal, mas que com este acto viu o seu problema resolvido.
Já Maria Alexandre é de opinião que acções do género devem ser contínuas de modos a facilitar a vida dos cidadãos.
Tatiana dos Anjos agradeceu a iniciativa da missão diplomática por minimizado alguns problemas dos cidadãos que tem a ver com a documentação.