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Morreu Zahara, ícone da música sul-africana

A conceituada cantora afro-pop sul-africana Bulelwa Mkutukana, popularmente conhecida como Zahara, morreu ontem à noite, segunda-feira, dia 11, em Joanesburgo, África do Sul, anunciou a ministra da Cultura do país, Zizi Kodwa. A artista estava hospitalizada, devido a complicações hepáticas, e o governo estava a prestar assistência à família “há algum tempo”, adiantou o mesma fonte. Contava 36 anos.

A cantora ganhou fama em 2011 com o seu álbum Loliwe, um sucesso em todo o continente. Foi Zahara quem cantou uma música em casa de Nelson Mandela antes de sua morte em 2013, compondo-lhe uma música de tributo: “Herói dos heróis. Não há ninguém como ele.”

Em 2019, Zahara tornou pública a sua batalha contra o vício do álcool. No mês passado, a família confirmou o seu internamento no hospital e pediu aos sul-africanos que mantivessem a sua música nas suas orações.

Numa declaração publicada na conta de Instagram de Zahara, a família escreveu: “Ela era uma luz pura, e um coração ainda mais puro, neste mundo. Um farol de esperança, uma dádiva e uma bênção para nós e para inúmeras pessoas em todo o mundo.”

Desde ontem que os fãs têm partilhado, nas redes sociais, mensagens carinhosas e de solidariedade para com a família enlutada. “Zahara e a sua guitarra tiveram um impacto incrível e duradouro na música sul-africana”, publicou Kodwa no X (antigo Twitter). “Ela deixou-nos uma música tão bonita”, publicou um utilizador do X.

Zahara, que lançou cinco álbuns, ganhou dezenas de prémios, tanto locais como internacionais. Em 2020, foi nomeada para a lista das 100 mulheres da BBC.

A compositora também utilizou a sua plataforma para falar sobre a violência contra as mulheres na África do Sul, algo que revelou ter acontecido com ela.

No ano passado, numa entrevista a uma rádio local, Zahara disse que a sua música não era para ser reconhecida, mas para trazer conforto às almas destroçadas que precisam de ser recuperadas.

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