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Guerras e alterações climáticas na génese do aumento da fome no Mundo

O último Relatório Global sobre a Crise Alimentar de 2024, que analisa o actual estado da fome no mundo, aponta para mais de 281 milhões de pessoas em 59 países e territórios em crise alimentar, enfrentando níveis elevados de insegurança alimentar aguda.

Conflitos, mudanças climáticas e choques económicos estão a aumentar o número de pessoas à fome aguda, comprometendo os ganhos obtidos nos anos anteriores para atingir o objectivo de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas de acabar com a fome até 2030.

Publicado nesta quarta-feira, 24 Abril, o Relatório conclui que 281,6 milhões de pessoas, ou 21,5% das populações analisadas em 2023, enfrentaram altos níveis de insegurança aguda em 59 países e territórios em crise alimentar. “Quando falamos de insegurança alimentar aguda, estamos a falar de fome tão grave que representa uma ameaça imediata aos meios de subsistência e à vida das pessoas”, disse Dominique Burgeon, director da Organização para a Alimentação e Agricultura, FAO, em Genebra, citado pela VOA.

O relatório refere que “as crises alimentares aumentaram de forma alarmante em zonas de conflito” em 2023, nomeadamente em Gaza e no Sudão. No final do ano, a Faixa de Gaza tornou-se a crise alimentar mais grave da história do relatório.

Burgeon afirma que o Sudão está a enfrentar uma crise de fome e exige uma acção imediata para travar a rápida deterioração da situação de segurança alimentar no país.

Stefano Fedele, coordenador global do grupo de nutrição da UNICEF em Genebra, refere que 36,4 milhões de crianças com menos de 5 anos em 32 países em crise estão gravemente subnutridas e 9,8 milhões estão gravemente subnutridas e necessitam urgentemente de tratamento.

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