Mais de 50 turistas do Canadá e Europa em Angola para passagem de ano
Numa etapa inicial de um projecto da participação do turismo cultural e ecológico na formação das receitas cambiais do país, 55 turistas provenientes do Canadá e vários países da Europa encontram-se em Angola para participar no 2º Luanda Semba Festival e em viagens por locais naturais, em coincidência com a transição de ano.
A viagem, organizada por angolanos residentes no exterior, tem o objectivo de utilizar a grande influência da dança Kizomba na atracção de turistas a Angola em grande número, de forma que possam despertar sobre as potencialidades económicas, sobretudo ajudar a desenvolver o sector da economia e turismo, disse Gabriel Cabinda, um dos promotores do “tour”, citado pelo Jornal de Angola.
“O nosso objectivo é fazer aquilo que outros países. como Cuba, por exemplo, fazem em relação à dança, que é utilizada para levar turistas a visitarem esses países”, reforçou Gabriel Cabinda.
O promotor indicou que a dança Kizomba foi considerada para o projecto “por ser, agora, um fenómeno mundial”, representando “uma excelente oportunidade para trazermos turistas a Angola para conhecerem a nossa comida, as paisagens, cultura e incentivar a exportação, porque o turista, sempre que chega ao país, contribui para que o peso da balança comercial penda a favor do país, ao comprar produtos de artesanato e outros objectos do seu interesse”.
Gabriel Cabinda revelou que a caravana é constituída por cidadãos vindos do Canadá, Finlândia, Espanha, Itália, Alemanha, Hungria e outros que sempre desejaram conhecer Angola, embora uma parte dos integrantes não conseguiu vir devido a alguns entraves migratórios junto das embaixadas de Angola nos seus países de origem.
O professor de dança informou que todos os visitantes viajaram pela companhia nacional de bandeira, TAAG, em resultado da recomendação que receberam por parte da organização, uma forma de promover os serviços oferecidos pela transportadora angolana, que tem em curso um processo de expansão de rotas e mercados internacionais.
“As pessoas que desejam vir para Angola querem sempre uma recomendação e sugerimos a TAAG, que é a nossa companhia aérea. Julgamos que este é o primeiro passo. Alguns vieram com outras companhias, mas a maioria utilizou os serviços da TAAG, algo que, para nós, é muito gratificante” frisou Gabriel Cabinda.
Quanto aos recursos e apoios para a empreitada, o nosso interlocutor sublinhou que se trata da segunda edição, sendo que, na anterior, estiveram presentes um total de 50 turistas de países europeus, com excepção de Portugal.
A organização procurou contactar os departamentos de turismo, cultura e empresas afins, mas não houve qualquer resposta, pelo que aproveitou para lançar um apelo no sentido de uma maior colaboração para que o objectivo de fomentar o turismo por intermédio da dança seja coroado de sucesso.