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Violador do Facebook deportado para a África do Sul

A Tanzânia deportou um dos fugitivos mais procurados da África do Sul, o violador e assassino Thabo Bester, que simulou a própria morte na prisão, tendo-se evadido para o estado da África Oriental.

Bester foi transportado para a África do Sul num avião especialmente fretado, na sequência da sua detenção na Tanzânia na semana passada. A sua namorada, a médica Nandipha Magudumana, que foi presa com ele, foi igualmente deportada.

Bester esteve a monte durante um ano depois de se pensar que tinha morrido quando simulou um incêndio na sua cela na cidade sul-africana de Bloemfontein. Uma caça ao homem foi lançada no mês passado, após uma nova investigação postmortem ter revelado que o corpo não era de Bester.

O pai do médico célebre, Zolile Sekeleni, e um guarda prisional suspenso, Senohe Matsoara, foram acusados de homicídio, fogo posto e de cumplicidade na fuga de Bester. Os dois homens compareceram no tribunal de Bloemfontein, no início desta semana, mas não chegaram a fazer qualquer pronunciamento não lhes sendo dados mais pormenores sobre as acusações. O caso foi adiado para 17 de Abril para um possível pedido de fiança. Duas outras pessoas também foram presas em conexão com a fuga de Bester.

Bester foi levado para uma prisão de alta segurança na capital, Pretória, enquanto a sua namorada foi levada a tribunal em Bloemfontein. Sobre a companheira pesam crimes de homicídio, fraude, auxílio à fuga de Bester e “violação de corpos”, segundo a polícia.

Bester deverá também enfrentar novas acusações na sequência da sua surpreendente fuga da prisão. Conhecido como o “violador do Facebook” por utilizar o site de redes sociais para atrair as suas vítimas, Bester foi condenado, em 2012, por violação e assassinato da sua namorada, a modelo Nomfundo Tyhulu. Um ano antes, já havia sido considerado culpado de ter violado e roubado duas outras mulheres.

A evasão de Bester provocou indignação na África do Sul, país que regista uma das mais elevadas taxas de agressão sexual do mundo.

A empresa de segurança britânica G4S era responsável pela gestão da segurança da prisão de onde Bester escapou. Uma comissão parlamentar convocou a G4S para comparecer perante os deputados para prestar contas em relação à fuga de Bester. Um representante da empresa, Cobus Groenewoud, admitiu ter havido quebras de segurança no dia da fuga, mas disse que não podia ser responsabilizado. Alguns funcionários também tinham sido despedidos depois de terem sido implicados em actos ilícitos, adiantou Groenewoud.

Vários deputados criticaram a G4S, acusando-a de “branquear” os factos em torno da fuga e de reter informação vital, o que o representante da empresa negou.

 

 

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