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Lesotho poderá reivindicar partes do território sul-africano

Uma moção apresentada por um deputado da oposição pretende que o parlamento declare toda a província de Estado Livre da África do Sul, que faz fronteira com o Lesotho, bem como áreas de mais quatro regiões como parte do pequeno reino montanhoso.

“É tempo de nos ser devolvido aquilo que é nosso”, disse o deputado da oposição Tsepo Lipholo, do Movimento Popular Basotho (BCM, sigla em inglês) aos seus colegas, referindo ainda que embora este fosse um assunto que remontasse já há várias décadas tinha uma relevância tal que precisava de ser tratado com urgência.

A moção baseia-se numa resolução da ONU de 1962 que reconheceu o direito à autodeterminação e independência do povo da Basutolândia – como o Lesoto foi chamado antes da sua independência, em 1966.

Historicamente, o basotho – povo do Lesotho – vivia em partes das províncias de Free State, Cabo Oriental, Norte do Cabo, Mpumalanga e Kwazulu-Natal na África do Sul. Todavia, muitos foram forçados a mudar-se para o actual Lesotho, onde os recursos são escassos. O país, sem saída para o mar, em grande parte montanhoso e com espaço agrícola limitado às terras baixas não possui a riqueza necessária para alimentar toda a sua população. Por isso, o antigo protectorado britânico tem estado fortemente dependente do país que o rodeia completamente – a África do Sul.

Ao longo de décadas, milhares de trabalhadores foram forçados, pela falta de oportunidades de emprego, a encontrar trabalho nas minas sul-africanas. Lipholo disse que as terras recuperadas à África do Sul ajudariam a trazer prosperidade ao povo do Basotho. Todavia, o governo do Lesotho ainda não se pronunciou sobre esta questão.

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