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Angola já recebeu dois membros da família real britânica

Angola teve, em 1997 e 2019, visitas da família real britânica. Trata-se da princesa Diana e do Duque de Sussex Harry. Relembre aqui os momentos marcantes.

A deslocação da princesa Diana a Angola visou apoiar a campanha a favor da erradicação das minas terrestres.

A viagem da princesa da Inglaterra a Angola, naquela altura, foi classificada como um “imenso sucesso” que “encantou” as autoridades locais, apesar de uma intensa controvérsia política no Reino Unido sobre a visita, revelaram mensagens publicadas do então embaixador britânico em Angola, Rogert Hart.

O desejo da Princesa Diana de banir as minas antipessoais foi cumprido no final de 1997, já depois da sua morte, com a assinatura da Convenção sobre a Proibição do Uso, Armazenamento, Produção e Transferência de Minas Antipessoais, conhecida como Convenção de Ottawa, de que são signatários 157 países, entre os quais Angola

Estima-se que existam cerca de 60 mil angolanos que tenham ficado mutilados devido ao accionamento ou rebentamento de minas de guerra, das quais cerca de 40% são mulheres.

Já a visita a Angola do filho mais novo da princesa, o Duque de Sussex Herry, em 2019, serviu para inteirar-se do andamento do processo de desminagem a cargo da ONG inglesa Halo Trust, na esteira do que fez a mãe, a princesa Diana, em 1997.

Harris deslocou-se à província do Huambo, onde também esteve a mãe e teve encontros com vítimas que se beneficiaram do trabalho humanitário da princesa Diana.

Durante a sua estadia à Angola, Harris foi recebido pelo Presidente da República, João Lourenço e pela primeira-dama Ana Dias Lourenço.

Num artigo publicado no Jornal de Angola, a embaixadora britânica em Angola, Jessica Hand, a propósito da visita, põe enfase na protecção ambiental e no desenvolvimento do ecoturismo.

“A primeira visita oficial de Sua Alteza Real, o Duque de Sussex, a Angola acontece numa altura em que as relações entre o Reino Unido e o país estão a desenvolver-se numa parceria ampla e profunda”, escreve Hand, reiterando que “o Reino Unido pretende apoiar o processo de reforma de Angola e, com ele, a sua ascensão à prosperidade sustentável”.

A visita de Harry à África começou na Cidade do Cabo, na África do Sul, e estendeu-se ao Botswana e depois de Angola, o Malaw foi inserido na agenda.

O príncipe é acompanhado da esposa, Meghan Markle, e do filho, que, no entanto, ficam na África do Sul.

Há mais de 20 anos, um hospital na periferia de uma cidade angolana, devastada pela guerra, despertou o mundo devido as vítimas de minas antipessoais.

A responsável foi uma princesa britânica que escolheu o Huambo para lançar um apelo global contra os engenhos explosivos, comovendo a comunidade internacional com as imagens das crianças amputadas.

Por dia, chegavam ao hospital entre 150 a 200 pacientes “das mais diversas dimensões da reabilitação”, incluindo pediátrica. Aqui, encontram serviços de fisioterapia, hidromassagem e atendimento domiciliar e uma capacidade de internamento de 25 pessoas.

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