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Angola defende uma parceria global equilibrada

A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, defendeu esta terça-feira, em Nairobi (Quénia), a promoção de uma parceria global mais justa e equilibrada, no quadro dos desafios das alterações climáticas.

Ao intervir na Cimeira Africana sobre o Clima, em representação do Chefe de Estado angolano, João Lourenço, Esperança da Costa afirmou que os investimentos em projectos climáticos em África  beneficiam os Estados-Membros e contribuem para a estabilidade climática global.

No fórum, que reúne vários Chefes de Estado e de Governo de países africanos, a Vice-Presidente da República lembrou que as alterações climáticas têm causado danos consideráveis e perdas em vários Estados do continente berço.

“África tem sido fortemente afectada por choques globais múltiplos”, expressou Esperança da Costa, tendo acrescentado que tais ocorrências têm impacto negativo na concretização dos diferentes programas nacionais e no alcance dos objectivos de desenvolvimento sustentável.

Angola dá prioridade ao clima 

No quadro dos compromissos internacionais assumidos por Angola, a Vice-Presidente da República informou que as questões sobre as alterações climáticas estão nas prioridades do Executivo angolano e apontou como exemplo o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2022/2027.

O referido programa define como prioridade a agricultura familiar, o desenvolvimento local, a adaptação às alterações climáticas, educação, saúde e o maior desenvolvimento do capital humano.

A estratégia também inclui a criação de empregos, modernização e expansão das infra-estruturas rodoviárias,  portuárias, pólos industriais, no quadro da diversificação da economia e do crescimento sustentável.

Na ocasião, Esperança da Costa observou que Angola está “totalmente comprometida” com a implementação da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas.

Afirmou que alinhado com a referida Convenção, o país tem elaborado políticas e programas de acção, como a Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas 2022-2035.

Trata-se de um dossier que pretende dar resposta aos desafios propostos pelo Acordo de Paris e do Objectivo de Desenvolvimento Sustentável 2030.

Angola partilha iniciativas na Cimeira 

Com a plateia presente, a Vice-Presidente partilhou várias iniciativas ligadas ao programa de transição energética e energias limpas renováveis, em curso no país.

Esperança da Costa falou dos projectos sobre painéis solares em implementação no país e que estão a contribuir para a redução do impacto da emissão de dióxido de carbono em cerca de 935 mil toneladas por ano.

A aposta do Governo angolano é a de alcançar a meta de 70 por cento de fontes renováveis até 2025.

“O caminho que está a ser trilhado é longo”, afirmou a Vice-Presidente da República para quem os desafios ambientais e a produção sustentável colocam Angola no alinhamento africano.

Outra iniciativa partilhada pela Vice-Presidente foi a construção do Canal do Cafu, na região Sul do país, uma infra-estrutura orçada em 130 milhões de dólares.

A infra-estrutura está a levar água às populações e ao gado afectados  pela seca, assim como a permitir a retomada da prática da agricultura na região.

A Cimeira Africana sobre o Clima tem como meta identificar soluções duráveis que respondam aos desafios globais relacionados com o clima no continente.

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