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África 50 promete financiar projectos de energia e transportes em Angola

O Presidente da Comissão Executiva do África 50, Alain Ebobissé, foi recebido em audiência, domingo, em Addis Abeba, Etiópia, pelo Presidente João Lourenço.

No encontro, da plataforma   África 50 foi apresentar ao Chefe de Estado os projectos da sua carteira de investimentos que quer direccionar para Angola.

À saída do encontro, Alain Ebobissé disse que do Presidente da República de Angola recebeu indicações sobre o interesse do país em apostar na geração de energias renováveis e também nos transportes.

Quanto aos projectos e valores de financiamento, o CEO da África 50 deixa ao critério das autoridades angolanas.

Com Alain Ebobissé estiveram  Carole Wamuyu Wainaina, presidente do Conselho de Administração, e Akinwumi Adesina, presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).

Conheça a África 50

A África 50 é uma plataforma de investimento em infra-estruturas fundada pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e vários Estados africanos.

Foi concebida após uma declaração de 2012 dos Chefes de Estado africanos como parte do Programa de Desenvolvimento de Infraestruturas em África (PIDA), que pedia soluções inovadoras para facilitar a entrega de infra-estruturas.

A África 50 foi ratificada pelos ministros das Finanças africanos em Maio de 2013 e a sede foi inaugurada em Casablanca, no Reino de Marrocos, em Setembro de 2014.

A Assembleia Geral constitutiva de accionistas fundadores ocorreu em Julho de 2015 em Casablanca, com cerca de 700 milhões de dólares em subscrições iniciais de capital de 20 Estados africanos e do AfDB. 90 por cento dos compromissos  foram destinados ao financiamento de projectos e o restante ao desenvolvimento de projectos.

Na primeira assembleia de accionistas em Julho de 2016, mais dois Estados africanos e dois bancos centrais se juntaram ao Africa50 e na segunda Assembleia de Accionistas em Setembro de 2017, mais dois Estados se juntaram, elevando o total para 25, e capital comprometido para mais de 800 milhões de dólares.

Os países membros são Benin, Burkina Faso, Camarões, República Democrática do Congo, Djibouti, Egipto, Gabão, Gâmbia, Ghana, Guiné, Côte d’Ivoire, Quénia, Madagáscar, Malawi, Mali, Mauritânia, Marrocos, Níger, Nigéria, República do Congo, Senegal, Serra Leoa, Sudão, Togo e Tunísia.

A África 50 usa investimentos de capital para catalisar o capital do sector público e do privado em projectos viáveis. Os principais sectores são Energia e Transporte, mas outros sectores como Água, Saneamento e Tecnologias de Informação também são considerados.

Os projectos devem ter um impacto de desenvolvimento no país anfitrião, ao mesmo tempo em que oferecem retorno financeiro. Possui divisões separadas de Desenvolvimento de Projectos e Financiamento de Projectos e pode, portanto, trabalhar em todo o ciclo do projecto.

Investimentos efectivos

O primeiro investimento da África 50 foi em Dezembro de 2016, com Scatec Solar e Norfund, para o desenvolvimento de uma central de energia solar de 100 MW no Estado de Jigawa, na Nigéria. O custo total do projecto foi de cerca de 150 milhões de dólares, com início das operações em 2018.

O segundo investimento foi com os mesmos parceiros em seis centrais solares totalizando 400 MW em Benban, Egipto. O custo total do projecto foi de 450 milhões de dólares. O fecho financeiro foi alcançado em 27 de Outubro de 2017.

As operações começaram no início de 2019. O terceiro projecto, assinado em Setembro de 2017, foi com a em-presa estatal de electricidade do Senegal – Senelec – para uma central eléctrica de 120 MW, que funcionará a “fuel óleo”, convertida em gás natural assim que as reservas do Senegal estiverem disponíveis.

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