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Bastonária dos médicos preocupada com atrasos nos vistos

A vice-presidente da Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP), Elisa Gaspar, apelou ao Ministério da Saúde de Portugal, para ajudar na concessão de vistos, de forma a melhorar a mobilidade dos médicos e profissionais de Saúde, interessados em estagiar ou fazer a pós-graduação naquele país da Europa.

A médica angolana, actual Bastonária da Ordem dos Médicos de Angola, sustentou a preocupação com base nos protocolos existentes entre os Estados membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), já que “alguns profissionais têm perdido bolsas de estudos, por não conseguirem obter o visto”.

A CMLP eleita há dois meses em Lisboa, Portugal, para um mandato de dois anos, tem como membros de direcção Jeancarlo Fernandes Cavalcante (presidente), Elisa Gaspar (vice-presidente) e Francisco Pavão (secretário permanente).

Actualmente em fim de mandato, como bastonária da Ordem dos Médicos de Angola, Elisa Gaspar disse que vai continuar a trabalhar em prol do bem-estar da sociedade, em geral, e dos médicos, em particular.

Depois de ter criado o Banco de Leite Humano, na Maternidade Lucrécia Paim, a pediatra lidera um grupo de médicos investigadores para a consolidação da Liga Internacional de Pesquisa Científica da Área de Saúde, com aulas quinzenais para partilha de conhecimentos, “capazes de propiciar à produção de textos científicos da autoria de médicos angolanos, para posterior reconhecimento em revistas de grande impacto internacional, em particular na comunidade científica norte-americana”.

Por meio da Liga Internacional de Pesquisa Científica da Área de Saúde, referiu, Elisa Gaspar pretende propor a criação de um banco de dados de reconhecimento mundial, que se ocupe na pesquisa de inúmeras doenças  não catalogadas ainda em Angola.

A intenção, adiantou, é usar o intercâmbio internacional, para realizar determinados projectos. “Recentemente tivemos uma doação financeira e de equipamentos do Ministério da Saúde do Brasil, que vai permitir ampliar a rede de Banco de Leite Humano, fora de Luanda”, disse a médica e também coordenadora do Núcleo do Aleitamento Materno.

A bastonária adiantou que também se dedicou a modernização e actualização dos ficheiros dos profissionais inscritos na Ordem dos Médicos de Angola, assim como criou pacotes de seguros bonificados aos doutores, em parceria com a ENSA.

Além disso, destacou, assumiu a dinamização e autonomia dos 44 colégios de diversas especialidades na Ordem dos Médicos de Angola, assim como fez a verificação da autenticidade dos diplomas apresentados pelos profissionais da República do Congo, “para o reconhecimento destes, enquanto técnicos de Saúde a trabalharem no país”.

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