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Somália enfrenta a pior crise de fome em 50 anos

A Somália enfrenta uma crise de fome numa escala nunca antes vista nos últimos 50 anos, afirmaram as Nações Unidas.

“As coisas estão más e todos os sinais indicam que vão piorar”, indicou na terça-feira, 18 de Outubro, James Elder, porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), aos repórteres  através de uma chamada de vídeo.

“Sem maior acção e investimento, estamos perante a morte de crianças a uma escala nunca vista em meio século”, disse Elder.

Em Agosto deste ano, 44.000 crianças deram entrada em postos médicos com desnutrição aguda grave, uma condição que significa que uma criança é até 11 vezes mais susceptível de morrer de diarreia e sarampo do que uma criança bem alimentada. “Isto é uma criança por minuto”, afirmou Elder.

A Somália tem sofrido quatro insucessos sucessivos nas suas estações chuvosas desde o final de 2020, e há receios de que um quinto insucesso esteja agora em curso.

Estima-se que 7,8 milhões de pessoas – cerca de metade da população – são agora afectadas pela seca, das quais 213.000 estão em alto risco de fome, de acordo com a ONU.

“Quando as pessoas falam da crise que a Somália enfrenta actualmente, tornou-se comum fazer comparações assustadoras com a fome de 2011, quando morreram 260.000 pessoas”, acrescentou Elder.

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