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Núcleo de Arte Angú exibe peça Problemas culturais e sociais no CIT

O núcleo de Arte Agú Água Performance entra em cena está, sexta-feira, em Luanda, com exibição do espectáculo intitulado “Amnésia ” no âmbito da oitava edição do Circuito se de Teatro( CIT), que decorre no Teatro Elinga, até 14 de Setembro.

O grupo exibe-se pela segunda vez no festival, depois de se ter apresentado no passado dia 4 de Agosto com a peça “O Ringue”, que conta a história de um pugilista  que sonha ser  campeão do mundo na categoria de “Pesos Pesados”.

Desta vez, o Núcleo de Arte Agú -Água Performance apresenta como proposta cénica o espectáculo “Amnésia”, que retrata a história do casal Massoxi e Elavoco.

Ambos levam uma vida com base nos aconselhamentos do Doutor “Satisfeito”. Porém, por curiosidade, o casal decide investigar um pouco mais sobre a vida do médico e são surpreendidos com muitas irregularidades. Apercebendo-se do grande mistério do médico “Satisfeito”, decidem recorrer aos mesmos caminhos ínvios, para obterem os mesmos resultados e estilo de vida.

O Núcleo de Artes Agú-Água Performance, situado no município do Kilamba Kiaxi, bairro Popular, foi fundado a 29 de Julho de 2020 pelos actores Elvirany Vivian, Marques Gomes “Inapem” e Agú-Água, que dá nome ao  grupo.

“A Raiva” volta aos palcos

No sábado, igualmente no âmbito da programação do CIT, entra em cena a Companhia Enigma Teatro. Como proposta vão apresentar, no Teatro Elinga, a peça “A Raiva”, vencedora do Prémio Cidade de Luanda, em 2010.

A peça retrata o quotidiano dos luandenses, apelando ao resgate dos valores morais e cívicos perdidos, bem como à sã convivência entre as pessoas na comunidade.

Encenada e dirigida por Tony Frampénio, director da companhia, a peça faz um paralelismo entre a raiva nos animais irracionais e a que ocorre na personalidade humana, a fim de proporcionar uma profunda reflexão sobre a maneira como as pessoas lidam com o outro no dia-a-dia, onde os excessos e os egoísmos irracionais se sobrepõem à sã convivência. A peça apela à promoção de valores morais.

A Companhia de Teatro, fundada em 1998, é fruto da confluência dos Makotes, criado em 1987, e os Komba Meneck, que surgiu em 1997. Entre outros troféus, a Companhia recebeu a medalha de ouro para melhor texto, encenação e actor, no Concurso Nacional de Teatro, realizado pela Associação Angolana de Teatro (AAT) em 2009, assim como venceu o Prémio Nacional de Cultura e Artes, em 2014.

A Companhia Enigma Teatro realizou mais de dez espectáculos, entre os quais “A grande questão”, “De Luandina a Luanda para Luandão”, “Sabutchuca”, “O pensamento do dia”, “A Casa dos loucos”, “Apaixonados por engano”, “A lata vazia”, “Se não fossem mulheres” e “Na corda bamba”. Para encerrar a jornada teatral desta semana, o domingo está reservado ao Projecto Gente do Sol, que propõe como espectáculo a peça “Na Nzua e Amirá”.

Religião e tradição

Do mesmo dia e local, o Colectivo de Artes Cénicas Rei Mandume “Colacerma”, da província do Namibe, exibe o espectáculo “Yalisa- Espiritualidade Africana”, inserido na programação do CIT.

De acordo com a sinopse, a peça procura chamar a atenção para a importância da recuperação dos valores morais e da matriz cultural angolana.

Em busca da espiritualidade africana, Yelisa, uma jovem mulher, é ungida pelos ancestrais para dar seguimento à forma africana de adorar e leva esse conhecimento a Tchapeseca, seu irmão, para o convencer a desistir do sonho de se tornar seminarista. O drama, de 45 minutos, tem no elenco Adriano Cahala (Tchapeseca) e Rosalina Wandakassuki (Yelisa), com direcção e encenação de Gervásio Gourgel.

Tchapeseca é um jovem de 23 anos, cristão devoto ao catolicismo, que frequenta o Seminário desde os 17 anos. Segundo o enredo, o mesmo tem o sonho de ser padre, enquanto que Yelisa é uma jovem de 20 anos, determinada, que acredita ser ungida para fundar a religião que vai preservar a cultura africana.

O Colectivo de Artes Cénicas Rei Mandume foi fundado a 20 de Junho de 2011, na localidade do Saco-Mar, província do Namibe. Tem como principal objectivo participar na formação integral do homem através das artes cénicas.

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