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Compositor angolano apresenta obra “Deambulações de um Calu” em Portugal 

Uma obra literária, intitulada “Deambulações de um Calu”, de autoria do compositor angolano Chalo Correia, foi apresentada nesta sexta-feira, em Lisboa (Portugal), pela Pangeia Editora.

O livro, com 54 páginas, retrata histórias vividas pelo artista desde o quotidiano, amor e a problemática do povo.

Em declarações ao Centro de Articulação com a Diáspora (CAD), Chalo Correia, disse que “Deambulações de um Calu” é o seu primeiro livro e representa o início de uma odisseia que vem pela frente.

O mais novo estreante na área da literatura diz que faz letras de músicas, é compositor, mas teve a ousadia de fazer um pouco mais, para que as mensagens ou poesia cheguem a todo o povo.

A viver em Portugal há mais de 25 anos, Chalo Correia fez referência ao facto de os artistas estarem mais unidos para se divulgar mais a arte angolana, apesar de a cultura angolana já ter ganho espaço em terras lusas.

Por sua vez, o prefaciador da obra Rodrigues Vaz enfatizou que Chalo Correia apresenta uma escrita poética “cheia” de ecos dos grandes poetas angolanos, pouco condizente com a sua pouca formação literária a nível académico, mas soube contornar com uma eficiência digna dos melhores encómios.

“Neste pequeno volume, o Chalo Correia, que se apresenta como cantor, compositor, guitarrista e letrista, aproveita para levar a sua “Carta a Garcia”, isto é para transmitir a sua mensagem, o seu recado, começando por lembrar a sua Luanda”, referiu.

Chalo Correia é um talentoso cantor e compositor angolano, nascido em Luanda em 1968.

Viveu em Angola durante a sua infância, nos anos 70, o período musical mais intenso e vibrante do país. Nesse período teve a oportunidade de conhecer e interagir com músicos de bandas míticas angolanas, que haveriam de influenciar a sua música.

Nos anos 90, Chalo Correia mudou-se para Portugal e tem sido um dos grandes divulgadores da música angolana, tanto na Europa, como no Brasil.

O seu primeiro disco Kudihohola foi lançado em 2015 pela label Celeste/Mariposa. Em 2017, editou Akua Musseque.

A sua música caracteriza-se por ser orgânica e explosiva, mesclando vários estilos tradicionais como semba, rebita, rumba ou cazucuta com a sua visão e abordagem musical contemporânea.

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