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Papa afirma que pena de morte só traz mais violência

A pena de morte “não é, de modo algum, uma solução para a violência que pode atingir pessoas inocentes”, escreveu o Papa Francisco no prefácio de um livro, citado pela agência ANSA.

De acordo com o texto do sumo pontífice, que prefacia o livro hoje, segunda-feira, dia 19, divulgado ‘Um cristão no corredor da morte: o meu compromisso com os condenados’, de Dale Recinella, “as execuções capitais, longe de trazerem justiça, alimentam um sentimento de vingança que se torna um veneno perigoso para o corpo das nossas sociedades civis.”

“Os Estados deveriam concentrar-se em dar aos prisioneiros a oportunidade de mudarem verdadeiramente as suas vidas, em vez de investirem dinheiro e recursos na sua execução, como se fossem seres humanos que já não merecem viver e que devem ser eliminados”, disse o Papa.

No livro que será publicado na próxima terça-feira, dia 20, Recinella, de 72 anos, antigo advogado de sucesso em Wall Street, fala do seu trabalho desde 1998 como capelão que ajuda os reclusos no corredor da morte na Florida.

Segundo o Papa, “o Jubileu deve comprometer todos os crentes a pedir colectivamente a abolição da pena de morte, uma prática que, como afirma o Catecismo da Igreja Católica, é inadmissível porque atenta contra a inviolabilidade e a dignidade da pessoa.”

Segundo a agência EFE, o pontífice recorda ainda que “esta infinita misericórdia divina pode também escandalizar, como escandalizou muita gente no tempo de Jesus”, mas “que o amor de Deus não tem limites nem medida”.

“Nem mesmo o mais vil dos nossos pecados desfigura a nossa identidade aos olhos de Deus: continuamos a ser seus filhos, amados por Ele, guardados por Ele e considerados preciosos”, rematou.

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