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Casos de meningite reduziram na província do Huambo

A Organização Mundial de Saúde (OMS), o Ministério da Saúde de Angola e a União Europeia, estão fortemente empenhados em travar o aumento alarmante de casos de meningite na província do Huambo surgidos o ano passado.

Entre Janeiro e Dezembro de 2023, Angola registou um aumento significativo de casos suspeitos de meningite, registando-se 68.169 casos que provocaram 169 óbitos. A elevada taxa de letalidade de 40% entre os 336 casos confirmados na província do Huambo, significa que esta parcela foi responsável por quase 80% das mortes a nível nacional. Esta taxa de mortalidade é relativamente elevada quando comparada com o número médio de óbitos registados nos países assinalados pela OMS como de cintura da meningite.

A escassez de medicamentos e a falta de pessoal nas unidades de saúde vieram incrementar o surto de meningite na província do Huambo. Para garantir uma resposta eficaz e proteger as populações de risco, uma missão de resposta conjunta esteve no Huambo durante 20 dias, tendo por objetivo melhorar a funcionalidade dos sistemas de saúde locais, melhorar as infra-estruturas e a disponibilidade de medicamentos e reforçar os recursos humanos.

Os resultados dos esforços conjuntos incluíram a formação de 37 técnicos de saúde em comunicação de risco e envolvimento da comunidade, a formação de 30 jornalistas em como comunicar para a prevenção e resposta à meningite, o envolvimento de 595 líderes comunitários e a formação de 1548 mobilizadores sociais e líderes comunitários com vista a disseminar amplamente mensagens de prevenção e tratamento da doença.

Taxa de mortalidade diminuiu de 53% para 35%

Os especialistas apoiaram iniciativas locais de educação sobre a meningite, identificaram grupos de risco e deixaram claro, junto dos líderes locais, a relevância da disseminação de mensagens importantes, enquanto realizavam avaliações para analisar rapidamente os factores sociais com impacto na prevenção da meningite.

O director provincial de saúde, Lucas Yamba, afirmou ao boletim da OMS de Angola: “Contamos com o total apoio da Direcção de Saúde Pública a este respeito e com a excelente parceria da OMS.” Nos últimos meses de 2023, de acordo com Yamba, em virtude do esforço para controlar o surto, as taxas de mortalidade da doença diminuíram de 53% para 35%. Através de esforços de colaboração envolvendo a comunidade, as igrejas e as autoridades tradicionais, a informação sobre a prevenção e o tratamento da meningite foi amplamente divulgada nas unidades sanitárias e nas comunidades.

Embora tenham sido dados passos significativos para enfrentar a crise da meningite no Huambo, incluindo o aumento da sensibilização e a redução das taxas de mortalidade, o apoio contínuo foi crucial para manter estes resultados, afirmou a Dra. Yoti Zabulon, Representante Interina da OMS em Angola.

“Continuando a trabalhar em conjunto e a alavancar parcerias, podemos garantir que todas as comunidades têm acesso a serviços de saúde de qualidade, podendo gerir eficazmente doenças evitáveis como a meningite”, referiu Zabulon.

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