
Benguela regista ligeiro aumento na captura de pescado em 2023
Apesar da escassez de peixe na costa angolana, os armadores da província de Benguela capturaram, em 2023, 72 mil e 678 toneladas de pescado, com um ligeiro aumento de 1.639 face a 2022.
Segundo a Angop parte desta captura, com destaque para as espécies pelágicas, é processada para congelação pelas empresas do sector, na sua maioria no município da Baía Farta, principal centro pesqueiro de Benguela.
As espécies pelágicas como a sardinha, carapau e cavala lideram a lista das capturas e representam 75, 3 por cento do volume total da captura do ano de 2023, que ainda incluem, embora em menor quantidade, o cachucho, gambas, alistado, caranguejo, tilápia e roncador.
Com mais de 90 embarcações, na sua maioria para a pesca de cerco e em média com capacidade de 30 toneladas, nas áreas industrial e semi-industrial, a província de Benguela tem alcançado médias de captura superiores às seis mil toneladas de pescado/mês, ainda longe do “boom” do passado.
Embora o peixe tem vindo a escassear no mar benguelense, a indústria pesqueira local continua a resistir à crise, afirmando-se como outro dos grandes sectores de investimento internacional na província, situada no Centro-Sul do país.
Prova disso é a empresa Vimar & Filhos, uma moderna pescaria com cerca de 600 trabalhadores, sendo um dos maiores projectos de captura e congelação de pescado na Baía Farta, com oito embarcações para a pesca de cerco, com enfoque nas espécies pelágicas.
Segundo Naty Viegas, sócia-gerente da empresa angolana, as oito embarcações têm, cada uma, capacidade de 60 toneladas.
Já na área de produção, apontou a responsável, a capacidade instalada é de duas mil toneladas de conservação e 400 toneladas de congelação.
Além de clientes provenientes da República Democrática do Congo, a companhia tem como prioridade o abastecimento de pescado no mercado interno, com primazia para as províncias de Malanje, Bié, Huambo, Lunda Sul, Cabinda e Lunda Norte.