
Dundo volta a produz energia limpa
Com a inauguração da barragem hidroeléctrica do Luachimo, esta sexta-feira, dia 17, os cidadãos da cidade do Dundo, capital da província da Lunda-Norte, voltam a consumir energia elétrica limpa, produzida por uma fonte de menor impacto ambiental e mais económica.
A barragem construída na década de 50, suspendeu a sua produção em 2016, para beneficiar de obras de reabilitação e ampliação, o que fez com a população do Dundo, onde está instalado o projecto energético, passasse a depender de fontes térmicas.
Inaugurada pelo ministro da Energia e Águas, João Borges, a capacidade de produção do maior projecto energético do Leste de Angola, que compreende as províncias da Lunda-Norte, Lunda-Sul e Moxico, foi elevada de 8,4 megawatts (MW) para 34 MW.
As obras de reabilitação e ampliação da barragem custaram 225 milhões dólares americanos, financiados por via de uma linha de crédito da China.
A empreitada gerou mil empregos directos e indirectos.
A empreitada compreendeu a reabilitação dos equipamentos mecânicos, a execução de um novo circuito hidráulico dimensionado para 240 metros cúbicos de água por segundo, constituído por tomada de água, canal de adução, câmara de carga e canal de restituição.
Foi também construída uma nova subestação de 60 quilovolts e remodelada a estrada de acesso à barragem, incluindo a passagem para a central.
A nova infra-estrutura da central tem 35 metros de altura, o equivalente a um prédio de 11 andares, numa área de 50 metros de extensão e 30 outros de secção transversal.
O edifício da antiga central foi reabilitado para servir instituições de ensino técnico, perspectivando-se ser o primeiro museu do sector de energia, em Angola.
A empreitada inclui ainda a recuperação da linha de transporte de alta tensão de 85 quilómetros até à vila mineira do Nzagi, município do Cambulo, com um valor adicional avaliado em 40 milhões de dólares.
A última etapa do projecto prevê o alargamento da rede de distribuição até à sede do Lucapa, incluindo a localidade de Calonda.
A linha de transporte vai também passar pelas localidades de Fucauma e Cassanguidi, tendo em consideração a existência de actividades económicas, sobretudo no sector da extracção mineira.