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Chefe de Estado exalta antigo ministro das Relações Exteriores

O Presidente da República, João Lourenço, reconheceu, este domingo, em Luanda, o “valioso contributo” prestado à diplomacia angolana pelo antigo ministro das Relações Exteriores, Assunção dos Anjos, falecido a 12 deste mês, em Madrid, Espanha.

“Tomei conhecimento com a mais profunda consternação do passamento físico do senhor Assunção Afonso de Sousa dos Anjos”, escreveu o Chefe de Estado, no livro de condolências exposto no Comando do Exército, durante a última homenagem feita ao diplomata.

No local, o Presidente João Lourenço depositou uma coroa de flores junto à urna e apresentou condolências à família enlutada.

Enquanto quadro da administração central do Estado no país e exterior, o embaixador Assunção dos Anjos desempenhou funções relevantes sempre com reconhecido zelo, sentido de dever e notável competência, referiu o Presidente da República na mensagem, na qual também sublinhou as qualidades do diplomata como “homem de fino trato e possuidor de vasta cultura”, que se destacou sempre pela forma zelosa como desempenhava as responsabilidades que lhe eram confiadas.

Ao expressar “profundos sentimentos de pesar à família enlutada”, o Chefe de Estado lembrou que, muito recentemente, em razão da “larga experiência” de trabalho e contínua dedicação à causa do país e do povo, o embaixador Assunção dos Anjos exerceu a “honrosa função” de consultor do Presidente da República.

A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, a presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, membros e representantes de outros órgãos de soberania também renderam homenagem ao antigo chefe da diplomacia angolana de 2008 a 2010, cujo corpo já repousa no cemitério do Alto das Cruzes, em Luanda.

Durante a carreira diplomática, Assunção dos Anjos desempenhou as funções de director para África e Médio Oriente do Ministério das Relações Exteriores, foi responsável pelos gabinetes do Vice-Primeiro-Ministro, ministro do Planeamento e do então Presidente da República, José Eduardo dos Santos, de 1979 a 1993.

Assunção dos Anjos, também, exerceu as funções de embaixador de Angola em França, Portugal e Reino de Espanha. Em 2010, foi substituído por Georges Rebelo Chikoti no cargo de ministro das Relações Exteriores e, posteriormente, nomeado conselheiro presidencial.

Entidades consternadas

A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, referiu que o antigo ministro das Relações Exteriores se notabilizou por ter prestado um “valioso contributo” à diplomacia angolana. “Dedicou-se à causa de Angola e dos angolanos. Creio que quando escrevermos a história da diplomacia do país teremos, necessariamente, de falar deste grande filho de Angola que se notabilizou como um grande diplomata”, afirmou a responsável política.

O ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, salientou que o malogrado teve um percurso de grande empenho, dedicação e zelo ao serviço da causa pública e ao serviço, sobretudo, da afirmação internacional do país.

Lembrou que Assunção dos Anjos tem obra “bastante reconhecida” no domínio da diplomacia angolana, a qual dedicou quase toda a vida de serviço público.

Já o ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, recordou que o embaixador Assunção dos Anjos desempenhou um “importante papel” diplomático quando, entre 2008 e 2010, havia uma “situação conturbada” no Leste da República Democrática do Congo (RDC), salientando que tal desempenho é comparado ao que está a ser feito actualmente para a pacificação da Região dos Grandes Lagos (Kivu Norte e Kivu Sul).

Francisco Furtado referiu que a figura do antigo chefe da diplomacia angolana ficará para os anais da história do país.

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