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Cabo submarino vai ligar Cabinda à rede nacional de energia

O Presidente da República, João Lourenço, revelou na III Cimeira sobre Financiamento para o Desenvolvimento de Infra-estruturas em África que a província de Cabinda estará ligada à rede nacional de energia através de um cabo submarino.

Cabinda é uma das 21 províncias de Angola, um inclave localizado na região norte do país, sendo a mais setentrional e também único exclave da nação angolana. Dados do Instituto Nacional de Estatística indicam que conta com uma população de quase 1 milhão de habitantes e com uma área territorial de 7 283 km², sendo a província mais densamente povoada de Angola depois de Luanda. A província é constituída pelos municípios de Angoio, Belize, Buco-Zau, Cabinda, Cacongo, Liambo, Miconje, Massabi, Necuto e Tando Zinze.

O Chefe de Estado Angolano e Presidente em Exercício da União Africana, João Lourenço, fez saber ainda que a geração de energia eléctrica em Angola tem hoje capacidade para atender as necessidades do país, mas, não obstante a isso, continua a construir ainda a grande barragem hidro-eléctrica de Caculo Cabaça, que vai produzir 2.172 Megawatts (MW).

Assegura que existe ainda um enorme potencial energético por aproveitar se forem construídas as barragens do Zenzo, Túmulo do Caçador e Luime, na bacia do rio Kwanza, que podem gerar juntas mais 1.240 Megawatts, se forem construídas as barragens de Cafula, do Benga e mais três pequenas na bacia do rio Keve, que juntas podem gerar mais 2.685 MW, outras pequenas barragens na bacia do rio Longa, que podem totalizar a geração de mais 1.059 MW, e na bacia do rio Cunene, onde, se forem construídas as barragens de Baynes, Jamba ya Mina e Jamba ya Ombo, ainda se pode ir buscar mais 1.361 MW, sendo que a de Baynes é um projecto binacional partilhado com a Namíbia.

No conjunto dessas potenciais fontes de produção de energia hidroeléctrica, João Lourenço destaca que se podem ganhar mais de 8.000 MW adicionais que podem colocar o país a produzir 14.845 MW nas próximas duas décadas. “Precisamos, contudo, de continuar a investir na rede de transmissão e distribuição, para que a energia produzida possa servir a todos os potenciais consumidores industriais e domésticos em todo o território nacional. Vamos ligar Cabinda à rede nacional de energia a partir do Soyo, por via de um cabo submarino”, destacou João Lourenço.

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