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Acordo histórico na África do Sul permite formar Governo de Unidade Nacional

O Congresso Nacional Africano (ANC, sigla em inglês) chegou a um acordo com o principal partido da oposição, a Aliança Democrática (DA, sigla em inglês), para formar um Governo de Unidade Nacional anunciou, esta sexta-feira, dia 14, o líder do DA, John Steenhuisen.

Numa mensagem à nação, Steenhuisen confirmou que o DA chegou a “um acordo sobre a declaração de intenções para a formação de um Governo de Unidade Nacional.”

O pacto, que inclui o ANC, o DA e o Partido Livre Inkatha (IFP, sigla em inglês), quinto partido mais votado com 17 mandatos, marca “o início de um novo capítulo” para o país, sublinhou o líder da oposição.

A declaração foi feita à margem da primeira sessão da Assembleia Nacional, que deverá, após o anúncio deste acordo, eleger o Presidente da República ainda hoje.

Cyril Ramaphosa procura um segundo mandato de cinco anos como líder da economia mais industrializada de África, mas o seu partido, o ANC, ficou enfraquecido depois de perder a sua maioria de longa data nas eleições de 29 de Maio, precisando do apoio de outros partidos se quiser voltar a ser Presidente.

O partido já tinha anunciando, no passado dia 6, a intenção de formar um Governo de Unidade Nacional para os próximos cinco anos.

“Já mantivemos discussões construtivas com vários partidos: os Combatentes pela Liberdade Económica (EFF), o Partido da Liberdade Inkatha (IFP), o Aliança Democrática (DA), o Partido da Liberdade Nacional (NFP), e a Aliança Patriótica (PA)”, anunciou, nessa data, Cyril Ramaphosa, o líder do partido no poder, que é também Presidente da República.

Recorde-se que a ANC, partido do líder histórico Nelson Mandela, libertou a África do Sul do sistema de apartheid, governando com uma maioria confortável há 30 anos, mas nestas eleições registou-se uma queda sem precedentes.

A África do Sul é uma das principais vozes do continente e do mundo em desenvolvimento na cena mundial e deverá assumir a presidência do Grupo dos 20 países ricos e em desenvolvimento no final deste ano, sendo a única nação africana que faz parte desse grupo.

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