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Petro de Luanda derrota Bravos do Maquis e faz a “dobradinha”

O Petro de Luanda é detentor da Taça de Angola 2024 ao vencer, ontem, na final disputado no Estádio das Mangueiras, em Saurimo, o FC Bravos do Maquis por 2-0. A hegemonia do tricolor sobre o adversário ficou evidente logo no começo da partida, em face da forma ousada e ofensiva como interpretava o jogo.

Era suposto que o Bravos do Maquis oferecesse uma resistência que complicasse o jogo do campeão nacional, de modo à buscar algum equilíbrio, mas o que se viu foi uma equipa obrigada a defender o seu meio campo a despeito da avalanche atacante da equipa orientada por Alexandre Santos, que chegou ao golo aos 32 ninutos, por Julinho.

Momentos houve, em que de forma isolada conseguiu desenvolver acções atacantes dignas de realce, mas com os seus homens de ataque sempre perdulários na finalização. Muitas vazes foram delineadas jogadas ofensivas que causaram algum calafrio ao banco petrolífero, mas sem efeito.

É claro que os tricolores deviam estar mais moralizados, por estarem ainda a viver a euforia do título do Campeonato Nacional, acabado de conquistar. Isto empresta sempre maior motivação, mais a mais quando se tem como objectivo primordial a chamada “dobradinha”, que acabou por ser a terceira consecutiva.

Supõe-se, também, que o facto de as duas equipas entrarem em campo já na condição de representantes nas competições africanas de clubes, retirou ao jogo a intensidade que teria conhecido caso do seu desfecho dependesse a qualificação de um dos intervenientes. Jogar já qualificado acaba, em regra, por ser o mesmo que fazer um jogo de mero cumprimento de calendário.

Aliás, se alguém tinha objectivo, este não é o Bravos do Maquis, mas o Petro de Luanda, com olhos focados na conquista da terceira “dobradinha” consecutiva, quanto mais não fosse, também, uma forma do seu técnico, que terá feito o último jogo, sair pela porta grande.

Depois do intervalo esperava-se mais atitude da equipa maquisarde, já que até aí não tinha nada perdido. Mas a toada do jogo manteve-se a mesma. O Petro continuou a ser mais senhor, mais criativo, mais ofensivo, remetendo a adversário a correr atrás do prejuízo.

Passava o tempo e não se notavam, do lado do Maquis acções tendentes a inversão das coisas na quadra. Ou seja, o empate que pudesse relançar a disputa. Não é que o Maquis estivesse completamente perdido na quadra, se soluções. Mas parecia estar conformado com o resultado que lhe era desfavorável.

Mais do que isso, Mário Soares tardava a mexer no xadrez para que a equipa ganhasse outras mobilidades, mesmo depois de Alexandre Santos ter tirado Evanildo para por no seu lugar Toro e Tiago Azulão para o lugar de Jaredi. Porém, isto não se questiona. Saberia o técnico o que estava a fazer.

Entretanto, no quadro da sua força, o Petro elevaria a vantagem para 2-0 a passagem do minuto 63, com golo, mais uma vez, de Julinho. Começava a desenhar-se a vitória, pois por mais que o Maquis se esforçasse o mínimo que podia é reduzir o resultado e nunca igualar para forçar a marcação de grandes penalidades. E assim foi e ficou escrita a crónica do último jogo da Taça de Angola.

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