Start up queniana de educação angaria 1,8 milhões USD
A Zeraki, uma edtech queniana que desenvolve plataformas digitais de aprendizagem e análise de dados escolares, ‘levantou’ 1,8 milhões USD numa angariação liderada pelo Acumen Fund, que apoia o crescimento empresas e produtos a nível regional.
Também o Save the Children Impact Investment Fund, Verdant Frontiers Fintech e Logos Ventures aderiram, tal como a Nairobi Business Angels Network (NaiBAN), e a Melvyn Lubega, co-fundadora da Go1, um unicórnio edtech com sede na Austrália.
O co-fundador e CEO da Zeraki, Isaac Nyangolo, disse à TechCrunch que planeiam desenvolver mais ferramentas administrativas para as escolas, como software para criação e gestão de horários e plataformas de pagamento para os encarregados de educação, sem taxas de utilização.
“Construímos um extenso canal de distribuição que cobre quase metade das escolas secundárias do Quénia, e isso significa que temos uma oportunidade de resolver outras necessidades tecnológicas que as escolas têm”, disse Nyangolo.
A Zeraki pretende entrar em 10 novos mercados nos próximos três anos. Para além do Quénia, está no Uganda e na Guiné.
“Estamos a expandir-nos primeiro para as regiões que compreendemos e que têm ambientes empresariais semelhantes. Planeamos primeiro entrar em toda a comunidade da África Oriental e depois explorar a região anglófona”, referiu o CEO.
Co-fundada por Nyangolo e Erick Oude (COO) em 2014, a Zeraki introduziu inicialmente uma plataforma de aprendizagem digital interactiva para estudantes do ensino secundário, que incluía questionários e sistemas de acompanhamento do seu desempenho, e em 2020, com a pandemia, ganhou terreno.
A plataforma de análise de dados permite aos professores carregar as notas dos alunos a partir dos seus telemóveis, e dá uma repartição de desempenho para cada aluno ou disciplina, permitindo aos pais acompanhar o desempenho dos alunos.
Actualmente, mais de 5.000 escolas, com dois milhões de estudantes, estão a utilizar a plataforma de análise de dados da Zeraki.
“A educação ainda não foi digitalizada na maioria dos países em África, e existe uma maior oportunidade para construirmos este mercado”, afirma o gestor. “A tecnologia pode resolver os problemas que temos na educação em África”, conclui.