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Produção agrícola em Luanda cresce 19% desde 2019

A produção agrícola na província de Luanda, durante o período 2019-2022, registou um aumento de 34% de área cultivada e 19,2% na produção, quando comparada com o período homólogo de 2018-2021.

No referido período, foram colhidos  410.034 toneladas de produtos diversos, resultante de uma área trabalhada de 112.695,5 hectares, segundo um documento do Gabinete da Agricultura e Pescas.

O documento citado aponta que para a melhoria dos indicadores produtivos o PRODESI apoiou 13 cooperativas agrícolas, que beneficiaram de financiamento de 485 milhões Kz, enquanto outras 10 cooperativas de ex-militares beneficiaram de igual número de tractores e alfaias.

 Resultados das pescas

Durante o período em avaliação, a actividade pesqueira contou com o envolvimento de 2.782 embarcações artesanais. Destas, 19 da classe semi-industrial e seis industriais. Naquela fase, a captura do pescado ficou cifrada em 10.927.483,7 quilogramas de pescado de  espécies diversas.

Nos três  segmentos da pesca marítima, a espécie sardinha foi a mais capturada com uma percentagem de 60%, espada com 12%, carapau com 8%, respectivamente.

A implementação da pesca continental resultou na captura de grande quantidade do cacusso, que representou 85% da captura, seguido do bagre com 10 por cento, e os restantes 5% foi da espécie seguilhão. Nesta actividade produtiva, os pescadores organizados em seis  cooperativas  beneficiaram do PRODESI de um apoio de 210 milhões Kz, registando uma das cooperativas na ordem de 86,4%.

Pecuária

Na produção pecuária, destaca-se a produção de ovos em grande escala, além da produção de frango de corte, carne bovina, suína e caprina.

Segundo o documento do Gabinete da Agricultura e Pescas de Luanda, a produção de carne bovina não é expressiva na capital, já que os animais abatidos nos matadouros locais provêm, na sua maioria, das províncias da Huíla, Cunene, Benguela e Cuanza-Sul.

Mesmo sob essa constatação, a produção de carne fixou-se em 4,7 milhões de toneladas; o ovo em 1.201.132 toneladas, o leite ficou em 3,8 milhões de litros; queijo com 204.000 Kz e o iogurte com um 1,446 milhões de litros.

Défice na agricultura

Conforme refere o documento, o sector da agricultura em Luanda tem um défice na reabilitação dos sistemas de irrigação e diques de protecção, assim como nos equipamentos para irrigação, como moto- bombas e acessórios.O mau estado das vias de acesso nas principais zonas de produção tem   dificultado o escoamento dos produtos e pouca assistência  técnica por falta de meios para a mobilidade dos técnicos. Também o fraco poder financeiro das famílias, para a compra de produção têm sido factores de constrangimentos.

O custo elevado de produção, a ausência de tanques-banheiros para os animais, a falta de mangas de vacinação tendentes às acções de profilaxia médica veterinária, a carência de zonas de transumância e a pastagem de animais constam das dificuldades que impedem a produtividade.

Um outro problema reside na escassez de matéria-prima para o fabrico de ração, roubo constante dos produtos dos camponeses e do gado dos criadores por falta de segurança, desassoreamento das valas de irrigação e drenagem e a reabilitação dos diques de protecção.

A inexistência de um centro de congelação de apoio à pesca artesanal no município de Cacuaco, a insuficiência de centros técnicos de congelação e comercialização de apoio à pesca constituem outros empecilhos para o sucesso produtivo.

Na pesca, as maiores dificuldades residem no abastecimento das embarcações pesqueiras por falta de postos de combustíveis específicos e a falta de um estaleiro para a manutenção das embarcações da classe semi-industrial. Durante os últimos quatro anos, o movimento associativista e cooperativista da província de Luanda evoluiu na ordem de 93 por cento, resultante da parceria com o IDA (Instituto de Desenvolvimento Agrário), UNACA (União Nacional dos Camponeses Associados) e as direcções municipais da Agricultura.

Histórico

A actividade agro-pecuária na província de Luanda é desenvolvida nos municípios de Cacuaco, Icolo e Bengo, Quiçama, Belas e Viana. A mesma caracteriza-se, principalmente, pela produção de hortofrutícolas, com destaque para cebola, tomate, repolho, gimboa, rama de batata-doce, couve, alface, banana e manga, raízes e tubérculos (mandioca, batata doce), avicultura (galinhas poedeiras, patos, frangos de corte, gansos), bovinicultura, caprinos, ovinos e suínos.

Produção de tomate inunda mercados da capital

Os mercados de venda de produtos do campo da cidade de Luanda estão com enormes quantidades de tomate à disposição, apesar de os compradores considerarem alto o preço de 1.500 Kz cobrados pelo balde de cinco quilogramas.

No Cantinton, na Maianga, e no Km 30, em Viana, a entrada diária de carrinhas carregadas de caixas de tomate provenientes de zonas como a cintura verde do Calumbo, Tombo, ambas em Luanda, ou mesmo do Cuanza-Sul, Benguela e Bengo sinalizam a abundância do fruto, cultura abundante nessa época.

Os vendedores do mercado do Catinton chegam a despachar o balde de cinco quilogramas entre 1.000 e 1.200 Kz, dependendo da hora, mas há, por esses dias, anúncios pelas redes sociais de venda ao domicílio por intactos 1.500 Kz.

Em ocasiões de menor oferta, o balde de cinco quilogramas de tomate verde ou maduro chega a custar até 3.000 Kz. A referência tem sido a caixa de 20 kg que agora vendida entre seis e 8.000 Kz tem ocasiões que atinge a cifra “louca” de 15 ou 18 mil Kz.

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