Presidente do Senegal decreta amnistia para baixar tensão no país
O presidente do Senegal, Macky Sall, tem enfrentado protestos públicos e apelos crescentes para marcar as eleições depois de ter adiado abruptamente o escrutínio inicialmente marcado para 25 de Fevereiro, desencadeando uma das piores crises do país em décadas. Os protestos que se seguiram fizeram cerca de quatro mortos.
“Num espírito de reconciliação nacional, apresentarei esta terça-feira, dia 27, à Assembleia Nacional, em conselho de ministros, um projecto de lei de amnistia geral para actos relativos às manifestações políticas ocorridas entre 2021 e 2024”, disse o Presidente do Senegal. “Isso permitirá pacificar a arena política e fortalecer ainda mais a nossa coesão nacional”, acrescentou.
Várias centenas de membros da oposição, ou mais de mil, de acordo com alguns grupos de direitos humanos, foram presos no Senegal desde 2021, no meio da luta pelo poder entre o líder da oposição Ousmane Sonko e o Estado.
Sall também disse na segunda-feira, dia 26, que pretendia organizar as eleições presidenciais até Julho, apesar de um movimento generalizado pedir eleições antes de 2 de Abril, quando o seu mandato expira. O Presidente reiterou o seu compromisso de renunciar quando o seu mandato terminar oficialmente, a 2 de Abril.