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Moçambique tem mais de 3,14 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar severa

A representante do Programa Mundial de Alimentação (PMA) em Moçambique, Antonella D’Aprile, afirmou nesta segunda-feira, 16 de Outubro, que em Moçambique existem mais de 3,14 milhões de pessoas que vivem em situação de insegurança alimentar severa, salientando que é necessário mais investimento para reverter o cenário.

Discursando no âmbito da comemoração ao Dia Mundial da Alimentação, a responsável avançou que devem ser criados mais programas resilientes para que as pessoas resistam aos impactos da crise climática e de outros choques que, por consequência, causam a fome.

“Os programas e os investimentos a serem feitos na área alimentar devem proteger e regenerar o ambiente para que possamos criar um futuro mais sustentável e reduzir as emergências humanitárias a longo prazo”, afirmou.

Antonella D’Aprile revelou que em Moçambique, o PMA tem implementado programas que visam melhorar os sistemas alimentares como um todo, ou seja, desde a produção, processamento, distribuição até ao consumo dos alimentos.

“Mais de cem mil pequenos agricultores, na sua maioria mulheres, recebem treino em agricultura resiliente ao clima, informações climáticas, gestão de perdas pós-colheita, processamento de alimentos e ferramentas de acesso aos mercados consumidores e micro seguro climático. Na região norte, o PMA apoia os deslocados com treinos, insumos agrícolas e de pesca”, relatou.

Segundo a fonte, a entidade tem auxiliado várias instituições nacionais no desenvolvimento e operacionalização de sistemas de aviso prévio ligados à implementação de acções antecipadas, que podem ajudar as comunidades a se protegerem melhor dos impactos causados pelas mudanças climáticas.

“Neste Dia Mundial da Alimentação, cerca de 345 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar aguda no mundo, e a comunidade humanitária esforça-se para responder às necessidades”, concluiu.

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