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Ministro ressalta pronunciamento sobre resolução pacífica de conflitos

O ministro das Relações Exteriores, Téte António, considerou bastante clara a posição de Angola quanto a resolução pacífica de conflitos internacionais, referenciada, esta segunda-feira, na mensagem sobre o Estado da Nação, que marcou a abertura do ano parlamentar 2023-2024 da V Legislatura da Assembleia Nacional.

No seu discurso, na sessão solene do novo ano parlamentar, o Presidente da República lembrou que Angola defende uma solução pacífica dos conflitos internacionais nos marcos da Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional.

João Lourenço referiu-se, na ocasião, ao conflito israelo-palestiniano, tendo defendido a implementação, sem mais hesitações, das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, para a criação do verdadeiro Estado da Palestina.

Em declarações à imprensa, o chefe da diplomacia angolana sublinhou que o discurso do Presidente da República correspondeu às expectativas, por abordar temas da vida nacional e internacional, tendo ressaltado o pronunciamento do Chefe de Estado no capítulo da pacificação.

O ministro Téte António afirmou que Angola vai continuar a defender a via pacífica para a paz duradoura quer no continente, como a nível internacional.

“Vamos continuar a nossa diplomacia no sentido de, ali onde formos chamados a intervir, defendermos a resolução pacífica de conflitos”, sublinhou, lembrando que o Presidente da República foi distinguido, no ano transacto, como campeão para a paz e reconciliação em África, pela União Africana (UA).

Por ser um país que passou por conflito armado, disse, Angola não pode ser indiferente aos outros que enfrentam tal situação.

Quanto à reforma que se impõe no Conselho de Segurança da ONU, o chefe da diplomacia angolana referiu que o país defende o princípio de consenso da posição comum africana, relativo a necessidade de o continente ter dois membros permanentes, com direito a veto, e cinco não permanentes.

Segundo Téte António, trata-se de uma posição reiterada, uma vez que o Conselho de Segurança já não está adaptado às circunstâncias actuais.

Conforme o chefe da diplomacia angolana, África representa um terço dos membros da Assembleia Geral da ONU e já merece ter uma representação permanente no Conselho de Segurança desta organização mundial.

Na mensagem sobre o estado da nação, o Presidente da Republica assegurou que a política externa de Angola continua activa, incidindo sobretudo os eixos da diplomacia económica, da busca de soluções para os conflitos em África, do multilateralismo, da assistência e protecção consular às nossas comunidades na diáspora, bem como da contínua formação de quadros.

O mesmo ponto de vista foi defendido pelos ministros da Economia e do Planeamento, Mário Caetano João, e dos Transportes, Ricardo D’Abreu, que  se mostraram optimistas quanto a dias melhores nas respectivas áreas.

Quanto a necessidade de aumento da produção nacional, avançada pelo Chefe de Estado na sua mensagem, Mário Caetano João apontou como prioritárias as áreas de produção vegetal e animal, incluindo a pesca, por concluir serem as que têm dado indicadores determinantes de crescimento económico no mercado nacional.

Defendeu maior trabalho, destacando, por outro, o impacto do processo de reconversão da economia informal para formal (PREI) e a coordenação com o Programa de Transferências Monetárias Sociais (Kwenda).

“Por tanto, é arregaçar as mangas e continuar a trabalhar”, asseverou, considerando a mensagem muito profunda e à altura do que se esperava.

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