
Mais de 1,3 mil milhões de USD é o valor da cooperação entre Angola e Reino Unido
A cooperação económica entre Angola e o Reino Unido atingiu um nível significativo, com investimentos avaliados em mais de 1,3 mil milhões de dólares em vários sectores da economia angolana. A informação foi prestada pelo adido comercial e deputado britânico, Calvin Bailey, durante o Fórum Empresarial Angola-Reino Unido, realizado nesta quarta-feira, dia 7, em Luanda.
Bailey, que discursou durante o evento, destacou que Angola continua a ser um dos principais beneficiários da cooperação britânica na África Subsaariana, fruto do crescimento acelerado das relações económicas, comerciais e bilaterais entre os dois países nos últimos anos. “Estamos ansiosos por alavancar e criar parcerias económicas mais sólidas com o Governo angolano, onde as nossas relações já são fortes e tendem a crescer ainda mais”, afirmou o diplomata.
Durante a sua intervenção, o deputado referiu que as trocas comerciais entre os dois países se cifram em 1,3 mil milhões de dólares, reflectindo o crescente interesse de empresas britânicas no mercado angolano. Bailey revelou ainda que, discutiu com as autoridades angolanas e empresários locais, o interesse do Reino Unido em apoiar o desenvolvimento de infra-estruturas em Angola, bem como promover o crescimento económico sustentável a longo prazo.
O representante adiantou que o Governo britânico pretende lançar novas estratégias comerciais e industriais com foco em mercados emergentes no país. Destacou, igualmente, os benefícios da iniciativa Developing Countries Trading Scheme (PCCS), através da qual Angola pode exportar quase 98% dos seus produtos para o Reino Unido com isenção de tarifas alfandegárias.
Em representação ao Governo angolano, o ministro do Planeamento, Victor Hugo Guilherme, reiterou o compromisso do país em utilizar as Parcerias Público-Privadas (PPP) como ferramenta estratégica para atrair investimento e financiar projectos em sectores-chave da economia nacional, como infra-estruturas, energia, transportes, saneamento, serviços públicos e outros.
“Angola está num novo ciclo de transformação, por estar a promover reformas orientadas para a diversificação económica, modernização da Administração Pública e sustentabilidade ambiental”, sublinhou o ministro, reforçando o objectivo de reduzir a dependência do sector petrolífero e criar um ambiente mais favorável de investimento privado.