
Inflação atinge o valor mais baixo desde Janeiro de 2024
A taxa de inflação homóloga em Angola abrandou para 20,74% em Maio, o valor mais baixo desde Janeiro de 2024, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). A inflação mensal também manteve a tendência de descida, fixando-se em 1,17%.
A variação mensal representa um ligeiro abrandamento de 0,17 pontos percentuais face a Abril, quando a inflação homóloga foi de 22,32%. A inflação acumulada desde o início do ano atingiu 7,37%, de acordo com os dados do INE.
A classe “alimentação e bebidas não alcoólicas” continua a ser o principal motor da inflação no país, com um aumento de 1,25% face a Abril e um contributo de 0,76 pontos percentuais para a variação mensal do Índice Nacional de Preços no Consumidor Nacional (IPCN), equivalente a cerca de 65% do total.
Além do sector alimentar, registaram-se também aumentos nos “bens e serviços diversos” (1,63%), “saúde” (1,41%), “mobiliário, equipamento doméstico e manutenção” (1,31%) e “bebidas alcoólicas e tabaco” (1,28%).
Entre as províncias, Cabinda registou a maior variação mensal, com 1,76%, seguida do Cuanza Norte com 1,69% e Bié com 1,54%. Estas três províncias lideraram os aumentos de preços no mês em análise.
Em contrapartida, o Cunene (0,65%), o Zaire (0,82%) e Luanda (0,93%) registaram os menores aumentos de preços, indicando um abrandamento mais acentuado nas respectivas regiões.
Na província de Luanda, que tem um peso significativo no IPCN, a inflação homóloga abrandou para 19,78%, o que representa uma descida de 2,41 pontos percentuais em relação ao mês anterior.
A classe com maior variação em Luanda foi a de “bens e serviços diversos”, com 1,92%, mas foram os produtos alimentares que tiveram a maior contribuição individual para o aumento do índice, com 0,60 pontos percentuais, o que representa cerca de 65% da variação total.
A inflação em Angola tem vindo a desacelerar de forma sustentada desde o pico de 31,09% em Julho de 2024, mantendo a tendência de descida verificada desde o início deste ano.