Galp vai realizar mais furos de reservas de petróleo na Namíbia
A Galp “está consciente do valor a iniciar uma produção de petróleo na Namíbia o mais cedo possível”, o anúncio foi feito numa conferência com analistas.
O anúncio, segundo o jornal português “Observador”, foi proferido, ontem, pelo presidente executivo da Galp, Filipe Silva, tendo detalhado que no final de Março a empresa já terá uma visão clara do volume das reservas de petróleo encontradas no primeiro furo feito no largo da costa do país africano.
O jornal lembrou que em Janeiro, a Galp anunciou ter encontrado uma “coluna significativa de petróleo leve” numa zona mais profunda do primeiro poço feito em águas profundas. A empresa vai realizar no próximo mês um DST (drill-stem test), um teste que permite realizar uma avaliação quantitativa e qualitativa dos hidrocarbonetos detectados numa perfuração. A partir do resultado desse teste, o presidente da Galp sinalizou que “é altamente provável” a realização de mais furos naquele bloco para identificar reservas com potencial de exploração comercial.
Apesar de uma “história forte” recente de transição energética e descarbonização, que tem levado a empresa de energia a desviar investimentos da exploração de gás e petróleo para as energias renováveis na electricidade, gás e transporte, o presidente da Galp deixou claro que está a fazer tudo para lançar um potencial investimento para a exploração das reservas do bloco na Namíbia, da qual é a maior accionista com 80%.
Em 2024, estão previstos investimentos de 150 milhões de euros neste projecto.
A Galp não esclareceu para já se será o operador em cenário de exploração ou se iria entregar esta tarefa a terceiros, mas Filipe Silva diz que nada vai atrasar o processo de confirmação do potencial de reservas encontrado no primeiro furo.