Fundo privado será utilizado para instalar sistemas de energia limpa em 30 mil edifícios em África

O fundo investirá em empresas que prestam serviços na parte sul do continente, sendo provável que cerca de 30% do montante seja gasto na África do Sul, de acordo com Semoli Mokhanoi, director Comercial da Mergence, sediada na Cidade do Cabo (África do Sul).

Trata-se das empresas africanas “terem realmente a oportunidade de participar na produção e armazenamento no local”, afirmou Hubert Gutsa, director-geral da Scalar, que gere programas semelhantes nos Estados Unidos da América (EUA), acrescentando que “a maior parte destas pequenas e médias empresas estão essencialmente a pagar mais pela energia utilizando geradores a gasóleo.”

Embora as empresas africanas, tal como as de outros países, estejam sob pressão para reduzir as suas emissões de carbono, a instalação de painéis solares e baterias nos edifícios tem a vantagem adicional de as proteger contra o fornecimento irregular de energia e o aumento dos custos da electricidade.

Cerca de 80% do financiamento para a iniciativa virá de fundos climáticos globais e de instituições europeias de crédito ao desenvolvimento, sendo o restante proveniente de organizações africanas. As empresas estão em “negociações avançadas” com o Pacote de Investimento do Portal Global União Europeia-África, uma acção da Comissão Europeia que planeia mobilizar 170 mil milhões de dólares em investimentos para o continente africano.

O fundo recebeu apoio do Acelerador Internacional de Financiamento Climático de Luxemburgo, que ajuda a moldar projectos e fornece financiamento de subsídios e empréstimos para capital de giro.

Além da geração e armazenamento de energia, o fundo também pagará por infra-estrutura, como estações de carregamento de veículos eléctricos nos edifícios e tecnologia de rede inteligente para melhorar a eficiência energética.