Euro desvaloriza-se após vitória da direita na Europa
Na sequência dos resultados das eleições europeias de ontem, já hoje, segunda-feira, dia 10, o euro registou perdas com a viragem à direita na Europa. Esta manhã, estava a ser negociado a 1,0736 dólares, o nível mais baixo desde 2 de Maio. Na sessão anterior, na sexta-feira, o euro fechou a cotar-se a 1,0801 dólares.
Na sexta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) tinha fixado a taxa de referência do euro em 1,0898 dólares, um nível consideravelmente mais elevado. A primeira descida das taxas de juro por parte do BCE, na quinta-feira, e a antecipação de novas medidas já tinham agravado as perspectivas da moeda única.
Os dados sobre o desemprego nos Estados Unidos, com a taxa de desemprego de Maio a subir 0,1 pontos percentuais em relação a Abril, para 4%, fizeram com que o euro descesse ainda mais na sexta-feira, uma tendência que hoje se mantém.
O Partido Popular Europeu (PPE) venceu as eleições para o Parlamento Europeu que terminaram no domingo nos 27 países da União Europeia (UE) com 185 eurodeputados, mais 48 do que os Socialistas & Democratas (S&D).
De acordo com a actualização mais recente dos resultados provisórios, anunciados às 11h00 locais (10h00 em Luanda), o PPE conquistou mais um eurodeputado, enquanto o S&D perdeu dois e tem 137 eleitos.
Os liberais do Renovar a Europa (partido fundado pelo presidente francês, Emanuel Macron,) conquistaram 80 lugares no hemiciclo, apenas mais sete dos que Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), com 73 eurodeputados.
A extrema-direita do Identidade e Democracia (ID) conseguiu eleger 58 representantes e os Verdes 52.
A Esquerda (comunistas e extrema esquerda) no PE não cresceu mais do que 36 eurodeputados.
Os resultados provisórios indicam que há 46 eurodeputados não-inscritos em qualquer um destes grupos políticos, 36 que entraram e que tendencialmente estão alinhados à esquerda, e 53 com alinhamento à direita.
Os resultados provisórios têm por base os resultados nacionais, finais ou provisórios disponíveis, de cada país da UE, publicados depois de concluída a votação nos Estados-membros, com base na estrutura do parlamento cessante.