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Enviado de Biden a Angola adverte para o não endividamento dos países e analisa forte cooperação no sector energético

Amos Hochstein fez esta declaração em Luanda, depois de ter-se encontrado com o Presidente angolano, a quem reiterou o empenho dos Estados Unidos na cooperação bilateral, principalmente no sector energético.

O Coordenador Especial do Presidente Biden para Parcerias para Infra-estruturas e Investimentos Globais apelou os países africanos a não se endividarem, evitando assim hipotecar as futuras gerações.

Amos Hochstein fez esta declaração em Luanda, depois de ter-se encontrado com o Presidente angolano, a quem reiterou o empenho dos Estados Unidos na cooperação bilateral, principalmente no sector energético.

“Esta visita surge na sequência , sobretudo, do compromisso do EUA para engajar a África”, afirmou aquele responsável americano à VOA e mais três órgãos de comunicação, sublinhando que a sua deslocação dá seguimento à Cimeira Estados Unidos-África, realizada em Dezembro em Washington e na qual João Lourenço esteve presente.

“Estamos aqui porque o Presidente Biden acredita na necessidade dos Estados Unidos de reforçar a sua presença com os países africanos”, acrescentou Hochstein, quem destacou o interesse de Washington em parcerias no sector de energia com Angola, que foi beneficiada já com um financiamento de dois milhões de dólares.

“Estamos num momento crítico de oportunidades para África e para Angola em particular, estamos numa transformação económica mundial como não se via desde a revolução industrial”, afirmou aquele também especialista em energia que enfatizou que “a transição energética é uma oportunidade para a transição de África” e, segundo ele “Angola é um player decisivo” no apoio a outros países para acederem a infraestruturas importantes para os mercados globais.

Entretanto, ele advertiu para o perigo dos empréstimos. “É perigosa a ideia de empréstimos que vão hipotecar a futura geração”, disse Hochstein, quem explicou que Washington quer “trabalhar de uma forma transparente e aberta e não criar perspectiva de dívida avultada que eventualmente vão perigar a outra geração”.

O enviado do Presidente Biden a Angola também abordou a guerra na Ucrânia e disse que “não afecta apenas vidas inocentes na Ucrânia, afecta toda Europa e afecta o Mundo inteiro, nós devemos estar juntos e exigir que a Rússia termine com a guerra, e ela pode terminar hoje, só retirar a sua tropa de um país livre que eles invadiram”.

Refira-se que Amos Hochstein discutiu com o Presidente Lourenço e ministros presentes como se podem estabelecer parcerias para acelerar uma transformação energética justa e reforçar os investimentos e o financiamento dos EUA em infra-estruturas e na economia digital.

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