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Cresce o tráfico de cocaína entre o Brasil e a África Ocidental

O novo relatório da Iniciativa Global Contra o Crime Organizado é claro: o Brasil tem assumido um papel cada vez mais relevante no tráfico de cocaína da América do Sul para a África Ocidental.

Mais adiante, refere que “o papel do Brasil no mercado do narcotráfico surgiu sensivelmente há uma década e tem hoje um papel de destaque e crescente através da África Ocidental com o Primeiro Comando da Capital (PCC) – a maior organização ligada ao crime no Brasil – a desempenhar um papel fundamental como coordenador, não muito diferente do papel do México, como guardião da entrada de cocaína nos Estados Unidos.”

A cocaína é transportada da América Latina para a África Ocidental de duas formas: via aérea, menores volumes; e por via marítima, quando se trata de maiores quantidades. A cidade de São Paulo actua como um dos principais centros de armazenamento e redistribuição de cocaína importada através da fronteira oeste do Brasil e transportada por rotas marítimas e aéreas.

O aeroporto de São Paulo é o ponto de origem mais comum da cocaína traficada por via aérea em muitos países. Na África Ocidental, apesar do número de voos directos ser limitado, a análise de dados oficiais de apreensão pelas autoridades brasileiras identifica o Benin, a Nigéria, a Guiné-Bissau e Cabo-Verde como os destinos mais comuns. Na Guiné-Bissau, país com laços culturais e linguísticos com o Brasil, a análise das apreensões no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, entre 2018 e 2020, indicou que 80% das viagens provêm do Brasil, com todas menos uma com origem em São Paulo. A análise das apreensões entre 2020 e 2022, confirmou a importância contínua desta rota, geralmente via Lisboa, utilizando a companhia aérea de bandeira portuguesa, TAP.

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