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CPLP define actuação conjunta em assuntos ligados ao ambiente

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) definiu uma actuação conjunta dos Estados-membros em prol do ambiente, com destaque para o combate à desertificação e à seca.

O posicionamento consta na Declaração do Lubango, divulgado no final da IX Reunião dos Ministros do Ambiente da CPLP e que define a estratégia da organização em matéria ambiental.

De acordo com o documento, os Estados-membros devem promover convenções internacionais, de modo a fortalecer a imagem da CPLP nas questões ambientais.

Os ministros defenderam, no final do encontro no Lubango, decorrido  quinta-feira até ontem, a realização de árduo trabalho para que os Estados-membros se dediquem, cada vez mais, na política internacional do ambiente.

A Declaração do Lubango refere que os Estados-membros devem promover convenções internacionais, de modo que se fortaleça a imagem da organização em todos os casos relacionados com as questões ambientais.

Consta ainda da Declaração a realização de acções favoráveis a tornar a comunidade num organismo sempre com alguma palavra a dizer nas questões relacionadas com a criação de políticas promocionais e de preservação do ambiente local dos países.

O Plano de Acção para o biénio 2021/2023, realça o documento, deve encorajar os Estados-membros a dinamizar e a articular, no seio dos países filiados, o reforço da partilha de informação a tempo oportuno,  para aprofundar a união entre as nações.

Segundo os participantes, urge criar iniciativas e aprofundar os debates que vão de encontro aos projectos ligados às reservas da biosfera da UNESCO na CPLP, tornar o turismo atraente e cativante, de modo que seja sustentável para atrair, a cada ano, turistas e várias nacionalidades.

A título de exemplo foram citadas as novas referências turísticas da Huíla, com destaque para o potencial da fazenda Mumba, localizada no município do Cuvango, 320 quilómetros a leste da cidade do Lubango. Foram, igualmente, recomendadas melhorias nos acessos da Tundavala, barragem das Neves, Cristo Rei, cascata da Huíla, entre outros, através da criação de pacotes específicos para atrair visitantes da CPLP.

A implementação de programas de educação ambiental nos países da Comunidade mereceu atenção especial. Os produtores agrícolas locais foram encorajados a continuar com o repovoamento de árvores nas zonas semi-desérticas e a reforçar a plantação de de várias espécies. O encontro do Lubango, atesta a declaração, foi um sucesso por concentrar os participantes dos países que têm o Português como a principal língua de comunicação e permitir a partilha de experiência ligadas a vários projectos.

Em relação ao interior de Angola, entre outros aspectos, marcaram as acções de impacto socioeconómico implementadas em prol do bem-estar das populações.

Os participantes reconheceram que as consequências das alterações climáticas já estão a afectar todos os Estados-membros, destacando que as chuvas há muito que se tornaram irregulares e, nalguns casos, com pouca intensidade. Noutros, com cargas que criam danos consideráveis às famílias.

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