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Angola e Rússia pretendem imprimir maior dinamismo na cooperação económica

O embaixador da federação russa em Angola, Vladimir Tararov, referiu, ontem, que o seu país está apostado em imprimir maior dinamismo na cooperação económica com o Governo angolano, depois de estarem já consolidadas as relações no domínio da política, defesa e segurança

O diplomata russo fez estas declarações à saída da audiência que manteve, ontem, com o vice-presidente da Assembleia Nacional de Angola, Américo Cunonoca, durante a qual foram abordadas também a questão da cooperação interparlamentar entre ambos os países.

Vladimir Tararov considerou que a actual configuração política mundial obriga a um repensar do modelo das relações de cooperação entre os estados.

“Nós constatamos que existe uma cooperação bem desenvolvida na área político-militar, mas agora nós precisamos adiantar na cooperação económica e mais social”, disse o embaixador da Rússia em Angola, para quem os dois estados têm todas as condições para que se possa dinamizar as relações neste domínio.

Neste contexto, Vladimir Tararov referiu que a efectivação desta intenção depende da vontade e das prioridades dos dois governos, sendo que, no momento, se está a estudar as necessidades da parte angolana, bem como as possibilidades do lado dos russos no que diz respeito ao fornecimento de tecnologias para o efeito.

Afirmou que, recentemente, à margem de uma cimeira realizada em São Petersburgo, na Rússia, a delegação angolana que participou do evento manteve contactos com governadores daquele país que mostraram interesse em relação a ampliação da cooperação em vários domínios.

Exemplicando, Tararov explicou que o governo russo está interessado em investir na indústria do café em Angola.

Segundo o diplomata, o país vai-se constituir no roteiro mundial na produção desta cultura. “Especialistas em todo mundo convergem nesta ideia e a Rússia, em particular, consome muito café, pelo que necessitamos de uma cooperação para a produção deste produto”, salientou.

Ademais, sublinhou que se a Rússia investir em Angola neste segmento, o passo seguinte será a elaboração de um estudo para a exportação do produto para aquele país do leste europeu.

AN contribui para o reforço da democracia

No que diz respeito ao desempenho da Assembleia Nacional, Vladimir Tararov considerou que a casa das leis angolana tem sido um verdadeiro garante do desenvolvimento da democracia em Angola, constituindo-se como elo entre o poder Executivo e o povo e o reforço do processo de reconciliação nacional.

Salientou, por isso, que a Rússia vai prestar o apoio necessário a Angola, que realiza de 23 a 27 de Outubro próximo a 147ª Assembleia-Geral da União Interparlamentar (UIP).

“Nós consideramos Angola um parceiro forte e influente, por isso enviamos para cá três delegações do nosso parlamento; uma da câmara alta e as outras duas compostas pelos presidentes das diferentes comissões e das relações internacionais da assembleia da federação russa”, notou.

Na mesma comitiva, composta por dez elementos, constam ainda representantes do parlamento da união entre a Bielorrússia e Rússia, segundo declarou o diplomata.

Sérvia reforça cooperação com Angola

Numa outra audiência, o vicepresidente da Assembleia Nacional recebeu o embaixador da Sérvia em Angola, Milos Perísic, que considerou excelentes as relações interparlamentares entre os dois países.

O diplomata considerou que o seu país tem sido um parceiro de Angola desde o período da luta pela independência nacional, e nos dias actuais tem procurado intensificar esta cooperação. Sobre a cooperação interparlamentar, referiu que ao nível do parlamento sérvio foi criado um grupo de amizade para com o povo angolano.

Em respeito a esta relação, Milos Perísic afirmou que a Sérvia anuiu ao convite para a participação na 147ª Assembleia-Geral da União Interparlamentar (UIP), estando a ser engendrada a possibilidade de um encontro entre os presidentes dos parlamentos dos dois países.

O encontro, de acordo com o diplomata, permitiu ainda analisar os laços de cooperação nos domínios da economia, agricultura, educação, defesa e outros campos.

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