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Toyota admite abertura de uma linha de montagem no país

A empresa japonesa Toyota, que produz, além da marca com o mesmo nome, o Hino, Lexus, Ranz e Daihatsu, admitiu, quinta-feira, em Luanda, a possibilidade de vir a abrir, no futuro, uma linha de montagem em Angola.

A informação foi avançada pelo presidente e CEO do grupo Toyota, Ichiro Kashitani, no final da audiência com o Presidente da República, João Lourenço, na Cidade Alta. “Vamos analisar e estudar, de forma bem cuidadosa e aprofundada, todas as possibilidades e ver o que podemos fazer no futuro”, realçou Ichiro Kashitani.

De recordar que a Toyota já possui, em Angola, desde 2020, uma Academia, localizada nas instalações do Centro de Formação Profissional do Cazenga, em Luanda, que se dedica à formação de mecânicos para a manutenção e reparação de automóveis. A referida Academia, que surge na sequência de um acordo entre os Governos de Angola e do Japão, dedica-se, ainda, ao fornecimento de equipamentos e formação de formadores em áreas distintas, como Metalomecânica, por via do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). “Queremos desenvolver ainda mais este projecto, que começou em Luanda, para expandi-lo a outras províncias”, referiu, ontem, o presidente e CEO do grupo Toyota.

 A respeito da audiência com o Presidente da República, Ichiro Kashitani esclareceu que o encontro serviu para abordar os vários projectos em curso, com realce para a construção e reabilitação do Porto Comercial do Namibe, cuja conclusão, como assegurou, está prevista para dentro de 36 meses. “Este projecto está a correr dentro da normalidade e tudo isto deve-se ao forte apoio do Governo de Angola e das autoridades do Namibe”, aclarou o responsável, lembrando que este projecto está orçado em, aproximadamente, 700 milhões de dólares.

Ichiro Kashitani ressaltou que a audiência com o estadista angolano permitiu, também, falar de outros projectos de interesse comum, que se enquadram na política do Governo de Angola, como é o caso, por exemplo, da produção de energias limpas. “Abordamos questões que têm a ver com projectos de energias renováveis e de dessalinização da água, além da possibilidade de exportação de produtos angolanos para o exterior”, salientou Ichiro Kashitani, que acrescentou, de seguida: “tivemos um encontro bastante frutífero e bastante construtivo com o Presidente da República”, concluiu.

Cônsul honorário de Angola no Japão

Ichiro Kashitani foi indicado como cônsul honorário de Angola no Japão e adiantou, à imprensa, que este foi um dos assuntos abordados, ontem, com o Presidente da República. Ichiro Kashitani garantiu que, enquanto estiver nessas funções, tudo vai fazer para o desenvolvimento de Angola e do fortalecimento das relações de cooperação entre Angola e Japão. “Comprometi-me a trabalhar com toda a determinação, no sentido de contribuir para o desenvolvimento deste de Angola”, aclarou.

O cônsul honorário é uma figura diplomática que tem, entre outras funções, facilitar a comunicação com a comunidade local, ajudar a organizar eventos, contribuir para o desenvolvimento das relações comerciais de menor ou maior porte entre os dois países. O cônsul é, geralmente, uma pessoa de destaque para a comunidade local, que tem o nome apontado para trabalhar com a missão diplomática. O mandato de cônsul tem a duração de quatro anos, com a possibilidade de ser renovado por igual período. O cônsul é submetido à avaliação anual sobre seu desempenho, considerando, sempre, a sua boa convivência com a comunidade em que se encontra inserido. Angola e Japão estabeleceram relações diplomáticas em Setembro de 1976.

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