Sonangol vai instalar 100 estações de carregamento de veículos eléctricos até 2028
A petrolífera nacional angolana Sonangol está a planear instalar mais de 100 pontos de carregamento de veículos elétricos (EVCP, sigla em inglês)) até 2028, como parte da sua estratégia mais ampla de transição energética.
O anúncio foi efectuado durante um workshop patrocinado pela Sonangol e liderado por Jelson Pereira, chefe do Departamento de Gestão Operacional de Activos Energéticos da Sonangol Gás e Energias Renováveis, que antecede a Conferência e Exposição Angola Oil & Gas 2025.
A estratégia EVCP surge num momento em que a Sonangol pretende aumentar a adopção de veículos elétricos em Angola, apoiando a descarbonização do sector de transportes do país.
No período 2024/2025, a empresa planeia estabelecer 70 EVCP, 30 dos quais situados em Luanda. A Sonangol também lançou uma aplicação de mobilidade, que oferece aos clientes informações sobre a infraestrutura EVCP.
Os EVCP fazem parte da estratégia multi-energética da Sonangol em Angola, através da qual a empresa continuará a impulsionar a exploração e produção de hidrocarbonetos, diversificando o seu portfólio através do gás natural, ao mesmo tempo que procura soluções energéticas alternativas, tais como veículos eléctricos e energia solar.
Em paralelo, a empresa está a reforçar parcerias internacionais na área da energia limpa, procurando desenvolver tecnologias inovadoras com vista a melhorar as operações.
Uma característica central da estratégia de transição energética da Sonangol é a implantação da energia solar, particularmente na indústria mineira de Angola. Historicamente dependente de geradores a diesel, a indústria mineira enfrenta frequentemente desafios associados aos elevados custos de energia.
Para resolver estes problemas, a Sonangol planeia distribuir energia solar pelas operações mineiras do país, reduzindo assim os custos e descarbonizando a indústria.
A empresa continua a avançar com a sua estratégia solar, com Pereira a reafirmar que o projecto solar de Quilemba entrará em funcionamento em 2026, colocando 35 MW online na primeira fase e 45 MW na segunda fase.
Desenvolvido pela Sonangol, pela gigante energética TotalEnergies e pela petrolífera Maurel & Prom, o projecto irá reduzir a dependência do país das centrais térmicas, apoiando simultaneamente a diversificação energética.