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Sonangol considera positivo alcance de 10 por cento da produção

A Sonangol considera “positivas” as acções desenvolvidas em 2022, um ano em que a companhia acentuou as acções para atingir o objectivo de deter uma quota de 10 por cento da produção operada no país, declarou o presidente do Conselho de Administração.

Sebastião Gaspar Martins proferiu estas declarações ao programa “Ngol”, transmitido ontem, no Canal A da RNA, afirmando que, no ano em vias de terminar, a companhia foi capaz “de materializar um conjunto de acções dentro dos nossos objectivos estratégicos traçados em toda a cadeia de valor das seis Unidades de Negócio”, algo favorecido pelo Programa de Regeneração que era aplicado desde 2018.

O líder da petrolífera realçou as acções ocorridas a nível da exploração e produção, um domínio em que impera o objectivo de atingir a meta de 10 por cento da produção operada e em que anunciou terem sido identificados projectos que vão ser materializados.

“Em 2022, tornamos esses objectivos ainda mais evidentes, como a capacidade que temos de possuir um portfólio de projectos de exploração e produção que nos vai levar a esse desiderato”, afirmou, em declarações de balanço sobre as actividades desenvolvidas pela Sonangol ao longo do ano.

Num desses desenvolvimentos, a Sonangol decidiu, para 2023, fazer o primeiro poço numa das concessões petrolíferas detidas em re-gime de operadora, indicou Sebastião Gaspar Martins, apontando o Bloco 11 ou o 12, ou, então, “outros blocos no mar profundo”.

O alcance de 10 por cento da produção nacional operada, notou, ajuda a fazer da Sonangol um verdadeiro actor de realce na indústria petrolífera angolana e significa a participação na actividade operacional, mas não quer que os nossos direitos ao petróleo actualmente detidos não sejam satisfatórios.

“Estamos com uma média de produção de cerca de 200 mil barris de óleo por dia. O que é importante é que, como empresa nacional, a Sonangol possua também certa influência na produção total do país, para que Angola, em qualquer das circunstâncias, tenha sempre alternativa. Portanto, gostaríamos de ser também um grande jogador nesta produção de Angola, daí que os 10 por cento representam para nós e para os accionistas uma grande satisfação”, frisou.

Como parte da evolução positiva, Sebastião Gaspar Martins apontou os projectos no domínio da refinação, com incidência sobre a unidade da “platforming” instalada na Refinaria de Luanda, a qual permitiu que, hoje, a Sonangol produza três vezes mais gasolina do que nas condições anteriores.

Além disso, a companhia mantém três novos projectos de refinação, dois com parceiros internacionais, a Gemcorp e a Quantum, em Cabin- da e Soyo, respectivamente, e um outro, a Refinaria do Lobito, que sendo detido exclusivamente pela Sonangol, não impede que a companhia venha a ter parceiros. “A responsabilidade actual é nossa e temos a certeza de que vamos levá-lo até ao fim”, garantiu o responsável.

O presidente do Conselho de Administração da Sonangol destacou, por outro lado, os progressos conseguidos no domínio da Distribuição, com a companhia a assegurar o desafio de deter grande capacidade de distribuição. “Neste momento sentimos um certo conforto, porque fomos capazes de garantir uma distribuição mais ou menos tranquila em todas as áreas do país”. De acordo com o responsável, “com um ou outro percalço”, pode-se afirmar que “a distribuição foi assegurada tanto em refinados como até com o gás doméstico, que é sempre uma preocupação para as nossas populações”.

Os aspectos cruciais dessa evolução assentam, agora, nos projectos em marcha “com um grau de avanço considerável para o aumento, em 580 mil metros cúbicos”, da capacidade de armazenamento. “Estamos a fazê-lo com muito esforço, com fundos nossos, mas a levá-los a cabo e pensamos que, em 2023, devemos ter esse projecto concluído”, disse.

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