
PR de Cabo Verde apela financiamento climático adicional a países em desenvolvimento
O Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, alertou para “a urgência de financiamento climático adicional” a países em desenvolvimento e especialmente vulneráveis, como os pequenos estados insulares.
“Com menos de 0,003% das emissões globais, Cabo Verde enfrenta impactos desproporcionais da crise climática, com escassos recursos para responder e reconstruir”, disse José Maria Neves, numa intervenção em francês no plenário da IV Conferência Internacional sobre o Financiamento para o Desenvolvimento das Nações Unidas, que arrancou em Sevilha, Espanha.
O Presidente de Cabo Verde, citado Pela Forbes África Lusófona, chamou em especial a atenção “para a urgência de financiamento climático adicional, previsível e direccionado à adaptação, especialmente em áreas como as energias renováveis, a protecção costeira, a gestão da água e a sustentabilidade dos oceanos”.
A conferência da ONU que decorre em Sevilha até quinta-feira pretende relançar a mobilização e aplicação de recursos destinados ao desenvolvimento, assim como a cooperação internacional no combate à pobreza, tendo os representantes de mais de 190 países das Nações Unidas subscrito hoje, no arranque do encontro, o documento “Compromisso de Sevilha”, com uma série de compromissos e iniciativas para a próxima década.
Segundo as Nações Unidas, o financiamento para o desenvolvimento está a diminuir e tem neste momento um défice de quatro biliões de dólares anuais.
“Saúdo a adoção do Compromisso de Sevilha, que poderá tornar-se um instrumento operativo de transformação, se for sustentado por compromissos firmes, mensuráveis e devidamente financiados”, disse o Presidente da República de Cabo Verde.
Para José Maria das Neves, o défice anual de quatro biliões de dólares no financiamento do desenvolvimento “é um alerta global” e “um reflexo das assimetrias estruturais da arquitetura financeira internacional, que continua a penalizar os países em desenvolvimento e, em particular, os Pequenos Estados “Saúdo a adopção do Compromisso de Sevilha, que poderá tornar-se um instrumento operativo de transformação, se for sustentado por compromissos firmes, mensuráveis e devidamente financiados”, disse o Presidente da República de Cabo Verde.