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População de rinocerontes cai a pique no Botswana

O Botswana revelou, esta segunda-feira, dia 20, que sofreu um enorme incremento da caça furtiva
de rinocerontes durante os últimos cinco anos (2017/22), facto que resultou na redução de um terço
da sua população.

No total, 138 rinocerontes foram abatidos entre 2018 e o ano passado, disse no Parlamento a
Ministra do Turismo Philda Kereng. Quando comparado com dois rinocerontes abatidos nos cinco
anos anteriores, de 2012 a 2017, de acordo com números oficiais, e preocupação agrava-se
extraordinariamente.

As razões para o súbito aumento do abatimento desta espécie em vias de extinção, deve-se,
segundo a responsável pela pasta, "ao aumento da procura de corno de rinoceronte no mercado
internacional, daí, os caçadores furtivos", mas também a "um deslocamento de grupos criminosos internacionais de outros estados da África Austral.

A vizinha África do Sul, o local tradicional de caça furtiva de rinocerontes, viu, nos últimos anos, um
declínio constante no número de animais mortos devido ao aumento das patrulhas de vigilância nos
parques nacionais, obrigando os caçadores furtivos a procurarem rinocerontes noutros lugares.

Refira-se que a caça furtiva de rinocerontes é impulsionada pela procura da Ásia, onde as pontas são
utilizadas na medicina tradicional com suposto efeito terapêutico.

O Botswana não revela publicamente a sua população de rinocerontes, mas um documento que o
governo apresentou antes da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de
Extinção (CITES) no Panamá, no ano passado, dava conta que havia cerca de 285 rinocerontes
brancos e 23 rinocerontes negros em todo o país.

Em 2019, viviam no país pouco menos de 400 rinocerontes, de acordo com a Rhino Conservation
Botswana, a maioria dos quais a vaguear pelas planícies gramíneas do Delta do Okavango do Norte.

De acordo com outro documento governamental, o Botswana tinha nos últimos anos começado a
serrar as pontas dos rinocerontes para reduzir o interesse dos caçadores furtivos, mas não acção não
teve o efeito desejado, uma vez que o cepo de corno ainda é valioso para os caçadores furtivos.

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