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Petróleo: Barril recupera e volta a posicionar-se acima do valor médio definido no OGE 2023

O barril de Brent voltou esta semana a posicionar-se acima do preço médio definido pelo Executivo angolano na elaboração do OGE 2023, 75 USD, graças a dados vindos da China, o maior importador mundial, com cortes nas taxas de juro pelo Banco Central e um sentimento menos negativo quanto à procura.

A atingir os 76, 75 perto das 11:30, hora de Luanda, desta terça-feira, 20, mais 1% que no fecho de segunda-feira, o barril de Brent, que é a referência principal para as exportações nacionais, serve para criar um sentimento mais positivo face à economia global e aligeira o temor na nacional. Esta subida de 15 no valor do barril de Brent permite esvaziar ligeiramente a nuvem pesada sobre a economia angolana, a atravessar um momento de profunda crise, com a moeda nacional a colapsar, a inflação a galopar e a desconfiança dos investidores a decrescer.

Mas as razões para este deslocamento das perdas da semana passada, onde o barril chegou aos 72 USD, contribuindo para o acentuar das fragilidades da economia nacional, é resultado dos dados oriundos da China, onde o Governo da 2ª maior economia mundial optou por agir contra a refluxo sentido depois de um período áureo no pós-pandemia, descendo as taxas de juro directoras para inflamar o seu tecido económico, não só produtivo como no sector imobiliário, claramente em perda.

Apesar dos cortes na produção da OPEP+, com os sauditas a inserirem um milhão de barris por dia extra, somando quase 4 milhões por dia, com a Rússia a comprometer-se com a sua redução de 50 mil barris/dia, algo estava a faltar para dar asas de novo ao sector petrolífero. E se ainda não são asas para voar muito alto, estes dados oriundos da China permitem que, pelo menos, o barril vital para a economia angolana, voe, mesmo que baixinho.

A fazer contravapor estão as medidas tomadas pelos EUA e pela União Europeia, que ainda não pararam com a sucessão de subida das taxas de juro para conter a inflação, embora estas estejam a ser cada vez menos agressivas.

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