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País entrou numa era de reconstrução nacional

A paz, alcançada em 2002 pelos angolanos, deu e continua a dar possibilidade de reconstruir o país em todos os sectores, desde o Político, Económico e Social, no sentido de melhorar a vida de cada cidadão, disse, ontem, em Caxito, no Bengo, o secretário provincial do Conselho Nacional da Juventude (CNJ).

Em declarações ao Jornal de Angola, por ocasião do Dia da Paz, que hoje se comemora, Sabino Rodrigues afirmou que desde o alcance da paz, o país tem registado vários ganhos, sobretudo no sector social, e económico com a reconstrução de estradas, escolas, hospitais e outras infraestruturas que dão nova vida aos angolanos.

Ao referir-se concretamente à província do Bengo, o líder do CNJ na província sublinhou que, os ganhos são muitos, apesar de haver ainda muito por fazer. A título de exemplo apontou a nova imagem que ostenta, hoje, o município do Dande e a sua capital, Caxito, devido ao projecto de requalificação que foi alvo neste período de tempo.

No interior da província são, igualmente, assinaláveis avanços nos municípios e a título de exemplo referiu-se ao município do Ambriz, que nunca teve eletricidade, mas, hoje, com a paz as populações daquele território desfrutam deste bem tão necessário e importante para qualquer ser humano.

“Podemos dizer sem medo de errar que tudo foi graças à paz, que permitiu que fosse possível a realização destas obras gigantescas sem qualquer dificuldade dentro dos prazos razoáveis”, considerou, para realçar, ainda, os mesmos projectos, em forja, nos municípios do Triângulo, nomeadamente, nos Dembos, Pango Aluquém e Bula Atumba, iniciados no ano passado pelo Governo.

No que toca à educação e à saúde o jovem salientou que a província do Bengo nestes 21 anos de paz atingiu metas extraordinárias, com a construção de mais salas de aula e unidades hospitalares, o que possibilitou a inserção de muitas crianças no sistema normal de ensino, enquanto a saúde evoluiu nos cuidados médicos às populações com o alargamento da rede sanitária. “Entretanto, o jovem é de opinião que a inauguração, dentro de alguns meses, do Hospital Geral do Bengo, vai proporcionar vários serviços gerais e de especialidade um dos maiores ganhos neste sector a nível da província.

Sabino Rodrigo disse que em todo o país estão a ser construídas centralidades e na província do Bengo quando terminar este complexo habitacional vai concretizar-se a realização do sonho da casa própria a muita gente, com destaque para os jovens.

“Tudo isso é um grande projecto que só ganhou forma graças ao alcance da paz efectiva que vigora há 21 anos”, enfatizou.

Por esta razão aconselhou a todos, sobretudo aos jovens, no sentido de continuarem a preservar a paz, conquistada com suor, sangue e lágrimas dos filhos deste país. “Muita coisa poderá ser alcançada à medida que o tempo vai passando devemos continuar a ter fé e esperança”, aconselhou.

Esperança do povo angolano

Para o líder juvenil do Partido Renovação Social (PRS), Adão Makumbi, a paz trouxe esperança ao povo angolano e em particular à população do Bengo.

“É o ganho maior que deve ser preservado, mas que deve ser, também, acompanhado de efeitos sociais e económicos que melhorem de facto a vida de cada cidadão”, começou por dizer o líder juvenil dos renovadores.

Para Adão Mukumbi durante os 21 anos de paz muita coisa deveria ser feita em termos sociais. “Não só queremos mais salas de aulas, mas, sobretudo, um ensino de qualidade, estradas duradouras, que possam alavancar o desenvolvimento que se pretende para o nosso país”, disse.

O líder juvenil do PRS explicou que na província do Bengo há muito que se fala da estrada que liga Caxito/Nambuangongo, mas até agora nada feito.

“Até agora só se promete e nada está a ser feito. É necessário que o Governo resolva realmente os problemas existentes em vários domínios com maior responsabilidade, para que todos possam gozar e sentir os efeitos desta paz que hoje celebramos”, desabafou.

Já o jovem Kiala Manuel, 36 anos, residente na vila de Caxito considera ser necessário que o Governo angolano faça sentir às populações que a verdadeira paz chegou, criando soluções para os muitos problemas e as carências que se verificam nos bairros, como a água e a insegurança devido à débil iluminação pública.

Kiala Manuel disse que para qualquer empreitada o Governo pode contar com apoio da juventude por ser a franja da sociedade mais activa e interessada em ver o país a crescer em todos os aspectos, político, social e económico.

  Embaixador realça fraternidade e solidariedade

O embaixador de Angola no Egipto, Nelson Cosme, enalteceu, ontem, o 4 de Abril de 2002, como marco do grande gesto histórico da tolerância e magnanimidade dos angolanos que, unidos, decidiram enveredar pela fraternidade inclusiva e solidariedade para a paz.

“O Dia da Paz e da Reconciliação Nacional é, por isso, a jornada do amplo abraço da unidade na diversidade, respeito pela diferença, e da tolerância, em torno dos mais elevados valores e princípios que alicerçam a coesão nacional”, ressaltou, em mensagem à comunidade angolana no Egipto, alusiva à celebração do 21º aniversário do Dia da Paz e da Reconciliação Nacional, a assinalar-se esta terça-feira.

Acto contínuo, o diplomata apelou à reflexão em torno da efeméride, afirmando que deve ser lembrada como momento para uma sã convivência todos os dias, sem ressentimentos e sem mágoas. “Só unidos é possível construir a paz e a felicidade para todos e, consequentemente, engrandecer o país”, realçou.

Nesta celebração que ocorre sob o lema “21 anos de paz, construindo uma Angola melhor”, disse o embaixador, que se deve investir na promoção do sentimento de paz e reconciliação. “Unidos somos capazes para esse fim que deve ser o objectivo comum”, afirmou, realçando que o alcance deste objectivo deve visar uma Angola melhor e desenvolvida.

O embaixador considerou que, de 2002 para cá, decorre o momento de reconciliação, que deve ser sustentado e preservado por cada angolano, “ali onde se encontre, à sua maneira, deve fazê-lo”.

“Vinte e um anos de paz, construindo uma Angola melhor, remete-nos para a necessidade de pensarmos na reconstrução de Angola e contribuir para a melhoria das condições de vida de todos os angolanos”, afirmou, ressaltando que o momento deve ser aproveitado como incentivo para dias melhores, com a reconstrução de infra-estruturas sociais e económicas.

Apoiando os esforços do Executivo, realçou que se deve incentivar a construção e reconstrução de mais escolas, hospitais, estradas e outras infra-estruturas como principais ganhos materiais da paz que, também, trouxe nos últimos anos alguma estabilidade social, política e económica para o país.

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