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OPAIA conclui fase de engenharia da fábrica de fertilizantes do Soyo

A fase da estrutura de engenharia da fábrica de fertilizantes do Soyo, província do Zaire, orçada em 2.2 mil milhões de dólares, já está concluída, disse, sábado, naquele município, o presidente do Conselho de Administração da OPAIA, Agostinho Kapaia.

O gestor assegurou que está em curso a compra de todos equipamentos necessário para o seu arranque, entre Janeiro e Fevereiro de 2024. Depois desta fase, adiantou, irá arrancar a fase de terraplanagem para a construção da primeira fábrica de fertilizantes do país, que poderá produzir 1.2 milhões de toneladas de ureia granulada por ano.

“Nós não estamos atrasados. Temos várias fases do projecto. Terminamos a fase das engenharias e estamos agora na fase da compra de equipamentos. Neste momento, estamos a fazer os últimos acertos  de toda a parte das engenharias. Nos próximos tempos, iremos ter uma outra fase. Estamos a fazer tudo para cumprir os prazos estabelecidos”, assegurou Agostinho Kapaia.

O PCA Kapaia assegurou que  o consórcio Sonangol com 10% e OPAIA com 90%, tudo estão a fazer para que a referida fábrica seja uma realidade.

De acordo com o Agostinho Kapaia, independentemente de vários factores resultantes da geopolítica, tais como a guerra na Ucrânia e outros, estarem a influenciar na compra de equipamentos e materiais, a futura fábrica de fertilizantes vai ser uma realidade, “porque as equipas estão dedicadas para o efeito”.

“É um projecto complexo e tem as suas vicissitudes, bem como desafios que não são só nacionais, mas também internacionais. Naturalmente, há vários factores geopolíticos que estão a acontecer no mundo e que estão a influenciar o fornecimento de equipamentos e de materiais”, frisou.

“Posso garantir que estamos a ultrapassar todos esses problemas. Temos equipas a trabalhar todos os dias, para que possamos cumprir com as metas definidas. Quero garantir que Angola precisa deste projecto para apoiar na diversificação da nossa economia”, garantiu.

A fábrica vai ser construída, numa área de 152 hectares, e vai receber da URDG, um total de 76 milhões de pés cúbicos de gás por dia.

O empreendimento está projectado para 1.2 milhões de toneladas de ureia granulada por ano, com a maior parte a destinar-se a produção agrícola e o excedente para exportação.

“A fábrica de fertilizantes  já não é um sonho”

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Pedro Azevedo, que falava em entrevista à margem da inauguração do URDG da Sonangol disse que a implementação da fábrica de fertilizantes no país, já não é um sonho.

“Cabe aos homens trabalharem para que os recursos sirvam com eficiência para o aumento da produtividade agrícola e garantir a segurança alimentar. Isto já não é um sonho, é quase realidade”, disse o ministro Diamantino Azevedo.

De acordo com o titular da pasta dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, todo um processo requer tempo, por isso é preciso compreensão de todos que estão interessados no projecto da fábrica de fertilizantes, tendo em conta o contexto económico do país.

“Creio que começamos a ter a devida visão e a compreensão da importância destes projectos que estamos a realizar. Mas, peço a todos que tenham alguma compreensão, porque é um processo e precisa do seu tempo”, notou.

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