Estamos juntos

ONU pede aceleração dos trabalhos da COP 30

Não podemos, de forma alguma, perder tempo com atrasos táticos ou obstruções. O tempo da diplomacia teatral acabou. É hora de arregaçar as mangas, de nos unirmos e nos dedicarmos à tarefa”, disse Simon Stiell na conferência da ONU sobre o clima, COP30, que decorre em Belém do Pará, Brasil.

Entrada ontem, segunda-feira, dia 17, na segunda e última semana, a conferência acolhe até hoje dois dias de comunicações dos responsáveis políticos, que chegaram a Belém para assumir as negociações e tentar sair do impasse político.

Ontem, segunda-feira, dia 17, o responsável máximo da ONU pelas questões climáticas defendeu que a COP30 deve mostrar que a cooperação pelo clima está firme num contexto global fragmentado.

“Precisamos de demonstrar que a cooperação climática é forte num mundo fragmentado. Vejo uma grande determinação em consolidar o progresso fundamental da COP30 e mostrar, mais uma vez, que a cooperação climática funciona para gerar progresso real”, disse Simon Stiell na cerimónia de abertura da sessão plenária de alto nível da trigésima cimeira do clima.

O representante da ONU pediu urgência aos ministros e negociadores presentes na cimeira, e disse que o ritmo lento das negociações “não reflete a velocidade e a magnitude” da transição já em curso na economia real. “A vontade existe. Mas a velocidade não”, afirmou.

“Temos uma semana agitada pela frente para os ministros e negociadores. Exorto-os a abordar as questões mais difíceis rapidamente. Quando adiamos a resolução destas questões, todos perdemos”, afirmou.

A primeira semana de consultas conduzidas pela presidência brasileira da COP30 mostrou que três assuntos estavam a bloquear as negociações, um relacionado com a China, Índia e outros países aliados quererem que a COP30 adote uma decisão contra as barreiras comerciais unilaterais, o que visa a taxa de carbono europeia nas fronteiras.

Os Estados insulares, apoiados por países da América Latina e europeus, consideram óbvio que a COP30 deve reagir às últimas más notícias sobre as projecções climáticas e exortar os países a reforçarem os seus compromissos climáticos actuais. Mas as grandes economias, da China à Arábia Saudita, não querem uma decisão que sugira que não estão a fazer o suficiente.

A terceira questão relaciona-se com muitos países do Sul, especialmente africanos, quererem lembrar aos países desenvolvidos a insuficiência dos seus financiamentos aos países em desenvolvimento.

Notícias relacionadas
Comentários
Loading...