
Mulher de Man Gena responsabiliza Hospital Central de Maputo pela morte da filha
A esposa do cidadão angolano Gelson Emanuel Quintas, por todos conhecido por “Man Gena”, que fugiu do seu país com a sua família após ter denunciado um suposto envolvimento de polícias e políticos no tráfico de drogas e que está no país sob custódia do Serviço Nacional de Migração (SENAMI), responsabilizou, num vídeo postado nas redes sociais, o Hospital Central de Maputo (HCM), pela morte, no passado dia 7, da sua filha recém-nascida. No vídeo, Clemência Suzete Vumi, referiu: “Nos dias em que estive no hospital, ia para o berçário e o bebé estava bem e reagia bem à medicação. Quando eram 22 horas, supostamente, eles dizem que a minha bebé teve ataques cardíacos, fez duas paradas cardíacas, tiveram de reanimá-la, sangrou pela boca, reanimaram a primeira vez, reanimaram a segunda vez, e a bebé faleceu. Vocês esperaram eu sair para matarem a minha bebé!”
Por seu turno, citado pela imprensa, o director do Departamento de Ginecologista e Obstetrícia do HCM, Agostinho Daniel, já veio dizer que o estabelecimento “recebeu a senhora com uma complicação obstétrica, que afectava uma gravidez ainda prematura, e essa complicação é tratada em todo o mundo com o parto, pois punha em risco a saúde da mãe assim como a do feto, portanto, tudo foi feito seguindo os protocolos clínicos.” Entretanto, segundo a Voz da América, o HCM mostrou-se disponível para fornecer mais esclarecimentos em torno deste caso que já está a fazer correr muita tinta.
Recorde-se que Man Gena, a esposa, na altura grávida, e dois filhos fugiram para Moçambique, através da Namíbia e da África do Sul, em finais de Fevereiro. Na altura, Clemência Suzete Vumi, disse num vídeo que o marido estava a ser alvo de ameaças, após ter feito denúncias nas redes sociais de um suposto envolvimento de altas figuras da Polícia Nacional e dos Serviços de Investigação Criminal angolanos no narcotráfico.