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Morreu Artur Jorge, o treinador poeta

Morreu o ex-futebolista e treinador de futebol Artur Jorge, informou hoje, quinta-feira, dia 22, a família em comunicado, acrescentando que o ex-seleccionador português foi vítima de doença prolongada. “Morreu serenamente, rodeado dos seus familiares mais próximos”, lê-se ainda no comunicado. Contava 78 anos.

Enquanto jogador, Artur Jorge alinhou pelo FC Porto, Académica de Coimbra, Benfica e Belenenses.

Mas o ponto alto da carreira chegaria já enquanto treinador, em 1987, quando guiou o Porto a uma inesperada vitória sobre o Bayern de Munique por 2-1, no estádio do Prater em Viena, Áustria, na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus.

Ao intervalo, ficou célebre a sua palestra motivacional, dizendo que dos derrotados ninguém se lembra e que aqueles homens, apesar de estarem a perder por 1-0, não teriam, tão cedo, outra ocasião para entrar para a história. E, na segunda parte, entraram mesmo para a história, quando o calcanhar mágico do argelino Madjer restabeleceu o empate e o encosto com o pé direito do brasileiro Juary, virou o resultado. Nesse dia, Artur Jorge conquistaria o primeiro título europeu dos “dragões”, reservando também um lugar na história como o primeiro treinador português vencedor da maior competição de clubes do continente.

Tal como já tinha feito enquanto jogador, Artur Jorge somou também uma passagem pelo Benfica como treinador. Numa longa lista de clubes da carreira como treinador que se estende entre 1981 e 2007, destacam-se o Paris Saint-Germain, o CSKA de Moscovo, a selecção dos Camarões, Portimonense e Belenenses.

Outro aspecto que o destacavam dos demais do mundo do futebol, foi o facto de ser licenciado em Germânicas, ter sido autor de um livro de poesia, grande admirador de Albert Camus ou Jean-Paul Sartre.

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