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MINSA prevê formar 38 mil profissionais de saúde para melhorar humanização nos hospitais

A melhoria do atendimento humanizado, nos hospitais do país faz parte de um programa do Ministério da Saúde (MINSA). Para alcançar o referido propósito, o departamento ministerial definiu como prioridade a formação de 38 mil profissionais em várias especialidades até ao ano de 2027, de acordo com a titular da pasta.

A garantia foi dada pela ministra da Saúde, Sílvia Lutukuta, que interveio, na Assembleia Nacional, para responder às questões levantadas pelos parlamentares, durante a discussão, na especialidade, sobre o Projecto de Resolução para Ratificação do Protocolo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) sobre a Saúde.

A governante fez esta revelação no sentido de esclarecer que o Ministério que dirige não está, unicamente, preocupado com a edificação de novas unidades hospitalares, mas também com a formação de recursos humanos. Segundo a governante, este pormenor consta entre as maiores prioridades do MINSA. “A formação de quadros é uma grande prioridade.

“Nós não estamos só preocupados com o betão. Estamos comprometidos, até 2027, especializar 38 mil profissionais de saúde”, adiantou. Sílvia Lutukuta frisou que o programa formativo que considerou bastante ambicioso já começou, sendo que, actualmente, um grupo de profissionais encontra- se em formação pós média, enquanto vários médicos estão a ser especializados, a fim de estes melhorarem as suas habilidades técnicas e, mais importante, segundo a ministra, para melhorarem o tratamento de pacientes quanto à humanização.

“Todas as carreiras terão formação, não só para melhorar as suas competências técnicas, mas, acima de tudo, para melhorar o tratamento de doentes do ponto de vista da humanização, esta é uma temática que nos preocupa”, reconheceu.

“O nosso sistema de saúde não colapsou”

Apesar de reconhecer pressão sobre o Sistema Nacional de Saúde, a titular da pasta afastou qualquer possibilidade de eventual colapso no sector. Para Sílvia Lutukuta, continuam a ser desenvolvidos esforços através de importantes investimentos em infraestruturas e na assistência medicamentosa, com a finalidade de melhorar os préstimos de Saúde às populações. “O nosso Sistema de Saúde, apesar de muito pressionado, não colapsou.

Nós continuamos a fazer esforços no sentido de melhorar cada vez mais a nossa prestação de serviço e a qualidade de profissionais que temos. Temos feito grandes investimentos em infraestruturas e na melhoria da logística de medicamento”, referiu. No entanto, advertiu que, relativamente a equipamentos e reagentes, não é possível resolver to- dos os problemas ao mesmo tempo. “ O gradualismo a que nos propusemos em dar essa atenção já tem estado a surtir efeito, nos indicadores de saúde, que temos por esta altura”.

Olhar para a saúde na perspectiva global

A governante, que se dirigia para os deputados, explicou a necessidade de se olhar para a saúde com uma visão global, na medida em que considerou a integração regional do país como uma prioridade, tendo em conta os benefícios que a associação pode oferecer. “Temos de olhar para a saúde sempre numa perpectiva global. A integração regional é uma prioridade, e, desta forma, iremos identificar, promover, coordenar e aprovar actividades com potencial para melhorar a saúde das nossas populações dentro da região”, disse.

Por esta razão, assegurou que o MINSA vai conjugar esforços regionais para a preparação, prevenção e controle das epidemias, e, sempre que possível, para a erradicação de doenças transmissíveis e melhor controlo das não transmissíveis. Esclareceu ainda que, por conta do surto de cólera, a nível regional, já foram activados mecanismos para que, de forma integrada, se trabalhe em uma estratégica de luta contra a epidemia e na mobilização dos recursos.

“Nós teremos sempre ganhos com esta integração regional”, afirmou, referindo-se ao documento que permite uniformizar a estratégia nacional às metas regionais. O Projecto de Resolução para Ratificação do Protocolo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) sobre a Saúde foi aprovado pelos parlamentares à Assembleia Nacional com 174 votos a favor, nenhum contra e nenhuma abstenção.

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