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Ministro de Estado esclarece situação cambial do país

O ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, admitiu, esta terça-feira, no município da Matala, província da Huíla, que o país “tem menos recursos cambiais disponíveis”, devido a oscilação do mercado da principal commoditie e os compromissos com o financiamento externo.

“Temos menos recursos cambiais disponíveis, como sabem, a nossa principal fonte geradora de receitas cambiais, com 95 por cento, tem proveniência do petróleo e há queda, além de que os compromissos que o país assumiu, com recurso ao financiamento externo, temos momentos em que devemos fazer pagamentos do serviço da dívida, que coloca pressão a gestão de cambiais”, assinalou.

Falando aos jornalistas no final de uma visita de seis horas ao município que dista a 180 quilómetros Leste do Lubango, José Massano, afirmou que a solução passa por criar capacidade de produzir-se mais, porque o país está “muito” dependente da importação de alimentos.

O ministro admitiu que já se nota alguma procura da produção nacional, mas é preciso capitalizar e potenciar os produtores de bens essenciais, para que se reduza a importação e se sinta menos necessidades de obtenção de divisas.

Anunciou que este mês o Tesouro nacional vai organizar mais uma operação de venda de divisas, mas o importante é deixar que o mercado crie condições, com mais produção e serviços, para que essa pressão de necessidade de divisas para o exterior seja atenuada.

Fez saber ainda que o Governo angolano está empenhado em potenciar a capacidade interna, que permita produzir mais para as necessidades reais dos angolanos e havendo ascendentes para exportar, como medida para tornar a economia mais forte e com capacidade de gerar rendas.

Ministro ressalta engajamento de produtores da Matala

O ministro Massano mostrou-se satisfeito com o engajamento das famílias organizadas em associações e cooperativas agrícolas, bem como algumas empresas de média dimensão que exploram o perímetro irrigado e que demonstram vontade e capacidade de inverter o status quo.

Para o governante, os produtores continuam acreditar e a aproveitar os benefícios das políticas públicas do governo, que permitem tirar maior proveito das infra-estruturas de apoio à produção, como é o caso do canal de irrigação da Matala.

O perímetro irrigado da Matala possui uma área total de 10 mil 732 hectares, sendo seis mil 831 destinados à actividades agrícola e três mil e 091 para a pecuária.

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