Ministério do Ambiente de Angola com plano para enfrentar a alta concentração de algas na costa
O Ministério do Ambiente de Angola avançou, com urgência, para a necessidade de elaboração de um plano de contingência para enfrentar a alta concentração de algas que afecta a zona costeira das províncias de Luanda, Cabinda e Namibe.
Na semana anterior, em resposta à presença do que parecia ser uma substância desconhecida nas águas do Porto de Luanda e do porto de pesca, uma equipa multissetorial foi formada para colectar amostras, cujos resultados preliminares mostraram que se tratava de uma alta concentração de algas, informou o ministério à imprensa.
Este é um fenómeno natural que altera a cor da água e compromete a sua qualidade, explicou a ministra do Meio Ambiente, Ana Paula de Carvalho, que acrescentou que novas amostras foram enviadas a um laboratório de referência internacional para um resultado definitivo sobre a presença ou ausência de substâncias tóxicas.
No entanto, Ana Paula Carvalho pediu à população para evitar o consumo de mariscos e peixes, devido à possível contaminação, e assegurou que está a ser elaborado um plano de contingência, incluindo o tratamento de resíduos, para evitar que sejam lançados ao mar.
As mudanças climáticas e os resíduos despejados no mar podem estar entre os principais factores desse fenómeno, dada a detecção de excesso de fósforo e nitrato nas amostras analisadas.
Técnicos dos ministérios do Meio Ambiente; Transportes; Pesca e Recursos Marinhos; Interior; Telecomunicações; Tecnologias da Informação e Comunicação Social, e os institutos nacionais de Pesca e Pesquisa Marinha, Meteorologia e Geofísica, e o Governo Provincial de Luanda compõem a comissão criada.