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Mais de ¼ de milhão de deslocados já possuem documentos de identificação em Cabo Delgado

As autoridades moçambicanas emitiram novos de documentos de identificação para mais de 256.500 deslocados das acções terroristas de Cabo Delgado, através de campanhas de registo de nascimento e restituição da documentação da identidade, anunciou hoje, quarta-feira, dia 13 de Setembro, o Secretario de Estado da Província de Cabo Delgado, António Supeia.

“Dada a necessidade de resolver o problema de falta de documentos de identificação dos deslocados, o Governo iniciou o processo de registo de nascimento e de reconstituição de documentos de identificação em campanhas nos distritos acolhedores, com a apoio de parceiros de cooperação, tendo sido registados até ao momento 256.512 pessoas”, revelou António Supeia.

Numa reunião de identificação de identidade legal para pessoas deslocadas entre o Governo moçambicano e parceiros, o Secretário de Estado pediu a continua colaboração dos parceiros de coligação de modo a abranger todos os que ainda não obtiveram os seus documentos de identidade em Cabo Delgado.

Palma, Mocímboa da Praia, Nangade, Muidumbe e Macomia são os distritos com mais deslocados sem documentos de identificação civil, como consequência da destruição total das conservatórias e dos acervos de registos e notariados na província de Cabo Delgado nos ataques terroristas desde Outubro de 2017.

Desde Outubro de 2017 que a província de Cabo Delgado tem vindo a ser fustigada por um conflito que aterroriza as populações. Grupos de rebeldes armados têm pilhado e massacrado aldeias e vilas um pouco por toda a província e uma variedade de ataques foi reivindicada pelo ‘braço’ do autoproclamado Estado Islâmico naquela região. O conflito já provocou mais de 4000 mortes (dados do The Armed Conflict Location & Event Data Project) e pelo menos um milhão de deslocados, de acordo com um balanço feito pelas autoridades moçambicanas.

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